Friday 18 June 2010

BM e FMI dão aval ao Governo para recorrer a créditos não concessionais

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, que têm restringido o nível de endividamento de Moçambique, apoiam a decisão do Governo de recorrer a créditos a juros de mercado, disse hoje o ministro da Planificação e Desenvolvimento.
O recurso a créditos não concessionais, ou seja, com taxas de juros de mercado, é uma das opções escolhidas pelo Governo moçambicano para financiar o que considera a próxima “geração de investimentos nas infraestruturas”, nomeadamente estradas e pontes.
Depois de anos a vigiar de perto o nível de endividamento de Moçambique, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional “concordam agora que o Governo pode recorrer a créditos não concessionais, para financiar o sector de infraestruturas”, disse hoje aos jornalistas o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia.
“As receitas internas, donativos e empréstimos concessionais são insuficientes para o Governo levar a cabo o seu programa nas infraestruturas. A modalidade mais indicada será o recurso a créditos não concessionais, a juros comerciais”, sublinhou.


Esse financiamento, a juros de mercado, segundo Aiuba Cuereneia, será contraído junto de credores bilaterais, incluindo alguns países e as próprias instituições de Bretton Woods, “através das janelas que as duas instituições oferecem para empréstimos concessionais”.
Sem indicar em concreto o volume de créditos não concessionais que o Governo vai contratar, o ministro da Planificação e Desenvolvimento moçambicano assinalou que essa fórmula será accionada em moldes sustentáveis, por forma a que não se ponha em causa o controlo da dívida de Moçambique.
No quadro da Iniciativa de Perdão da Dívida aos Países Altamente Endividados (HIPC, na sigla inglesa), que permitiu a Moçambique sair da situação de altamente endividado, o Governo é obrigado a reportar às instituições financeiras internacionais as suas operações de dívida interna e externa.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS – 16.06.2010

No comments: