Pio Matos sob pressão do Governo

“Demos três meses a edilidade para corrigir uma serie de irregularidades que encontramos, caso não, vamos tomar medidas, mesmo sejam para doer”-Carmelita Namachulua, ministra da Administração Estatal

Quelimane (DZ) - Face ao ambiente não menos bom que se vive no Conselho Municipal de
Quelimane, sob égide de Pio Augusto Matos, já no seu terceiro mandato, o governo através do ministério da Administração Estatal (MAE), já pôs mão no assunto e quer que haja resolução imediata.

São apenas três meses que o Conselho Municipal de Quelimane (CMCQ), para corrigir os graves erros ligados a gestão municipal que se traduz na falta de cumprimento das normas administrativas em vigor no estado moçambicano, não cumprimento da legislação
autárquica em vigor no país, entre outros casos.
O protagonista disto tudo é o próprio presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Pio Matos, razão pela qual, o governo através da titular da pasta de Administração Estatal, Carmelita Namachulua, diz ter sido enviada recentemente uma equipa conjunta constituída pelo MAE e o ministério das Finanças, no sentido de em conjunto averiguarem o que estará a passar no município de Quelimane.
De acordo com a ministra Namachulua, depois de uma análise minuciosa os dois
ministérios constataram que no seio da edilidade de Quelimane, há irregularidades que não são admissíveis dai que não se compactuando com isto tudo, o estado quer manter a legislação cumprida.
Num outro passo, a ministra da Administração Estatal, sublinhou que naquele município de Quelimane, há coisas que não se explicam, dai que precisam de intervenção do governo, visto que ao nível local não foi possível sanar através da inspecção do Estado ao nível local.

Quando questionada a pronunciar-se sobre as medidas que poderão ser tomadas em caso de não cumprimento das recomendações deixadas por esta equipa que trabalhou naquele município, Carmelita Namachulua, socorrendo-se da legislação, diz que serão
aplicadas todas penas e sanções que a lei prevê, dai que o governo também está agir de acordo com a lei.
Por outro lado, a fonte deixou claro que mesmo que seja o partido no poder de onde o candidato é membro, o estado vai fazer com que a lei seja cumprida, porque na sua
óptica os interesses dos munícipes que votaram, neste caso reconduziram Pio Matos para este terceiro mandato consecutivo, estão acima de tudo.
E mais, a fonte foi mais longe ao afirmar que uma das coisas que possivelmente leva com que a edilidade não respeite a lei, poderá estar associado ao longo tempo que
o respectivo presidente está no poder, dai que quando é assim, o estado não vê outra coisa se não por as coisas como devem ser.
“Penso que o não cumprimento da lei e outras irregularidades no CMCQ, poderá estar associado ao período em que o edil está no poder”-disse Namachulua, para depois acrescentar que “mesmo assim, o estado não vai ceder e a lei será cumprida”-rematou.
A denúncia começou da bancada parlamentar da Renamo na Assembleia Municipal de Quelimane (AMQ), que na voz do respectivo chefe da bancada, Noé Mavereca, teria dito
que os membros da AMQ, não recebem seus salários há mais de onze meses. E mais, Mavereca dizia que o edil já não respeita a legislação, visto que ate agora não
foi aprovada a conta gerência da edilidade, porque o presidente diz não ter tempo para participar nesta sessão.
Estas palavras da Renamo, foram corroboradas pelo próprio presidente da Assembleia Municipal de Quelimane, Afonso João, que na ocasião lamentava as atitudes do edil Pio Matos, a quem o apelida de dissidente e corajoso quando é para cometer ilegalidades. E não só, Afonso João, confirmou que a edilidade anda ingovernável, onde o edil sai e volta quando quer sem nem sequer dizer alguma coisa ao órgão
legislativo. No concernente as sessões da AM, o presidente tal como a Renamo, confirmaram que Pio Matos anda fugitivo tal como também para pagar salários alega que a edilidade não tem fundos.
Já o acusado, neste caso o edil de Quelimane, Pio Matos, quando abordado pela imprensa em volta deste caso, apenas limitou-se em desmentir alegando que eram
acusações de pessoas que não sabia o que pretende e ele, está firme para cumprir com aquilo que prometeu para os cinco anos de mandato.
Todavia, mesmo com este desmentido de Pio Matos, vozes dentro da edilidade alegam que o edil já perdeu o controlo da casa que o povo o deu para dirigir, dai que fazendo fé as palavras da Renamo e do presidente da Assembleia Municipal, estas vozes
sustentam que a única forma que o edil tem é de renunciar mandato.
Refira-se que este é o terceiro mandato de Pio Matos na presidência do Conselho Municipal de Quelimane. (AZ)