Tuesday, 25 May 2010

Beira é uma cidade que precisa quase tudo

- Apreciação de um ilustre visitante e investidor português
que esteve recentemente pela primeira vez na capital provincial de Sofala

Beira (O Autarca) – “Para já a Beira é uma cidade que precisa de muita coisa. Quase tudo. Eu conheci Maputo a treze anos e assim que cheguei a Beira fez me lembrar Maputo de há treze anos” – foram estas as primeiras palavras soltas por António Ferreira de Carvalho, numa breve entrevista ao nosso jornal na capital provincial de
Sofala, sobre a sua apreciação em relação a Cidade da Beira. António Ferreira
de Carvalho é o Presidente da Associação Empresarial da Região de Lisboa (AERLIS). Ele esteve recentemente na Beira numa visita de prospecção de ambiente de negócio e de investimento, a frente de uma missão empresarial que integrou representantes de
doze firmas portuguesas que procuram a sua internacionalização em África, particularmente em Moçambique e Beira. Considerou a Beira uma cidade bastante poeirenta e isso é muito mau para a saúde dos próprios munícipes.
Lamentou a presença de muita sujidade ao longo das ruas e avenidas que percorreu
no espaço inferior a dois dias, as casas e os prédios que reclamam pinturas e outras obras de benfeitoria e conservação, estradas degradadas…en-fim, uma série de aspectos que consideram as autoridades municipais locais deviam fazer mais para fazer valer a sua existência. No entanto, a apreciação de António Ferreira
de Carvalho no seu primeiro contacto com a realidade beirense não só permitiu levantar aspectos críticos.
Também transmitiu alguma esperança. Disse que se tudo acontecer como tem acontecido
nos últimos dez anos em Maputo, a Beira daqui a dez anos também vai ser uma linda
segunda capital moçambicana.
Referiu que a Beira tem todo potencial, tem gente e empresários capazes de dar volta a actual situação. “Penso que há muitas oportunidades que podem ser aproveitadas” – afirmou, para depois que ele e os restantes integrantes da missão em-presarial que encabeçou não conheciam a Beira. “É a primeira vez que cá viemos, os empresários que integram a nossa missão foram quem nos pediram para se deslocarem a Beira porque são
sensíveis a essa terra e sentiram que havia necessidade de virmos cá, por isso
estamos cá com todo o gosto”.

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