Tuesday 25 May 2010

Maganja da Costa

Maternidade transforma-se em “campo de tortura”
· Qualquer mulher que tiver o bebé fora e chegar no centro da saúde, recebe enxada para limpar o pátio denunciam as mulheres daquele ponto da província

Quelimane (DZ)- Numa altura em que o governo de Moçambique apela para que os partos sejam feitos nas unidades sanitárias, em alguns pontos do nosso pais, há funcionários que afugentam as mulheres a deslocarem-se as unidades sanitárias.
Alias, olhando a dimensão deste país, com problemas sérios de vias de acesso, distancias longínquas ate aos centros de saúde, registam-se ainda partos em casa ou mesmo a caminho das unidades sanitárias.
Nante, um dos postos administrativos da Maganja da Costa, na zona média da província,
populares denunciaram num comício popular que muitas mulheres andam com medo de deslocarem-se as unidades sanitárias daquele ponto, tudo porque sabendo que há
problemas sérios de vias de acesso, algumas mães acabam dando parto ao longo do caminho. Mas quando levam o recém-nascido ao centro de saúde, passam por punições onde em muitos casos os funcionáriosdão enxadas as parturientes como forma de não continuarem com práticas de nascerem em casa.
O comício de Armando Guebuza, foi o local apropriado para denunciar estes actos incorrectos que as mulheres de alguns povoados de Nante, onde não há unidades sanitárias passam.
Um cidadão, dos dez que o estadista moçambicano pediu para que viesse naquilo que ele
chama de dar ensinamentos sobre o combate a pobreza, explicou que a situação de maus
tratos no posto de saúde preocupa até os homens, porque de acordo com aquele cidadão,
há problemas sérios de estradas, dai que não tem sido fácil chegar a um centro de saúde. As mulheres grávidas passam por situações anómalas e dai quando se sente prestes ao parto e a caminho da unidade sanitária,acabam dando parto ao longo da
estrada. Segundo explicou, quando a parturiente chega ao centro de saúde, as parteiras dão enxada para capinar como forma de reeducar a não voltar a dar parto na estrada ou em casa. Isto na óptica daquele interveniente, deixa as mulheres com medo de irem a unidade sanitária. “Nós homens também temos medo de levar as nossas mulheres a maternidade, porque quando chegam são dadas enxadas para capinar”-disse o cidadão.
Uma mulher que também subiu ao pódio, fez questão de dizer ao PR que atende-se mal
nas maternidades e as parturientes preferem dar parto nas suas casas. “Atende-nos
mal nos hospitais, principalmente as mulheres grávidas”-disse uma anciã no comício do chefe do estado moçambicano.
Refira-se que a questão do mau atendimento nos hospitais tem sido aflorado nos últimos tempos, mas a resposta não tem sido ainda aquela que se espera
(AZ)

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