Diário Independente. Pag: - 19/05/3 2010 - Edição n° 529
De vez em quando, como que a fazer prova periódica de vida, após tão prolongado silêncio, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ainda consegue tempo para dar larga à sua infinita capacidade de dizer disparates em público, aliás, em conferências de
imprensa que gosta de convocar para se auto ridicularizar.
Aconteceu que na semana passada, entendeu o líder convocar jornalistas em Nampula para se insurgir contra a sua própria bancada parlamentar, acusando-a de ser “uma bancada de esfomeados”, que tomou posse à revelia de suas ordens, acrescentando
que não representava interesses do seu partido, nem ele (Dhlakama) tinha participado da decisão da sua estruturação interna.
Essas palavras equivalem a um pedido de demissão do cargo de presidente, que aquele líder está a apresentar ao seu partido, pedido esse, há muito, merecedor de deferimento porque oportuno e conveniente para a rápida reanimação política daquele
partido, ora à deriva.
Os pronunciamentos de Afonso Dhlakama aconteceram na mesma semana em que a sua esposa, D. Rosária Dhlakama, confirmou à televisão nacional que ela está, de
facto, abandonada pelo marido, o qual decidiu exilar-se em Nampula, onde não se lhe conhece nenhuma actividade digna de realce, ao ponto de se esquecer da sua família. Aliás, há cerca de um mês atrás, este semanário dedicou amplo espaço às dificuldades financeiras por que passa a família Dhlakama em Maputo, abandonada pelo respectivo chefe há cerca de oito meses.
Portanto, Dhlakama não só é mau político como, igualmente, é péssimo chefe de família, um chefe de família irresponsável, que não se preocupa com a sorte de seus próprios filhos e esposa! Mesmo assim, diz que ainda vai a tempo de ser Presidente
da República de Moçambique! Quer dizer, Dhlakama, apesar de ter idade suficiente para ter juízo, ele apresenta características de um adolescente brincalhão, indiferente ao que diz e faz. Ele acredita, piamente, no trocadilho de palavras, isto é, afirmar uma grande asneira de manhã para, à tarde do mesmo dia, mandar um
dos seus vários porta-vozes para desmentir o que ele afirmou de manhã.
É o papel ridículo que, desta vez, coube ao tal de Arnaldo Chalaua, que apareceu esta segunda feira a afirmar que o seu presidente não disse aquilo que disse na semana passada.
A dizer que Dhlakama não disse que não reconhecia os 51 deputados da Renamo, disse que não reconhecia os 191 da Frelimo! Se nós não conhecêssemos o tal de Dhlakama ainda éramos capazes de acreditar no que Chalaua tentou dizer. Mas, o facto
verídico é que nem o próprio Chalaua acredita na mentira que esteve a veicular. Portanto, Dhkalama não só mente em público, como manda Chalaua, também mentir publicamente!
Aliás, essa é sua táctica antiga, tão velha como as mentiras públicas do
próprio líder renamista. Em Novembro passado, jurou, a pés juntos, que o ano não chegaria ao fim sem a Renamo levar a cabo manifestações, em várias partes do País, para protestar contra os resultados eleitorais de 28 de Outubro. Disse que ele próprio, estaria em frente dos manifestantes.
Não houve nenhuma manifestação, nem mesmo na Rua das Flores, em Nampula, onde reside Dhlakama, há quase um ano.
Deste modo, pode-se chegar à triste conclusão de que estamos perante um mentiroso por tendência, um homem que só se sente realizado após proferir meia dúzias de mentiras em público.
O que ainda não descortinamos é a utilidade que Dhlakama atribui às suas mentiras sucessivas. Se calhar, pensa ele que basta aparecer na comunicação social a proferir qualquer coisa para se ser importante, não se importando com o conteúdo de suas
mensagens. Se calhar, ele acredita que as suas mentiras podem produzir algum resultado político positivo, passando ele a ser visto como um líder franco atirador que dispara para todos os lados, incluindo para os seus próprios pés! De facto, devemos investigar o sentido que ele atribui às suas mentiras. Mas, independentemente
disso, fica claro que Afonso Dhlakama pifou de vez, já não sabe o que diz, nem o que faz e quando faz.
Ele age como búfalo ferido, que no seu estrebuchar final, ainda pode matar muitas pessoas, sobretudo as menos avisadas da sua ira agonizante.
Dhlakama, que foi um dos arquitectos da paz em Moçambique, está a sair da política activa pela porta pequena, está a acabar de uma forma que não merecia, dado o seu papel histórico.
Tudo indica que Dhlakama adora criar inimigos. Se o seu inimigo calha não ser Frelimo, então, inventa um inimigo chamado “bancada de esfomeados da Renamo”, que toma posse à revelia do chefão. Quando tudo indica que Dhlakama já acabou com todos
os inimigos, eis que a sua própria família é colocada numa situação de penúria total pelo próprio chefe, provavelmente, para ter motivos de a converter em inimiga do líder da Renamo.
Agora, quem vai votar num político que nem consegue sustentar a esposa e filhos? Quem vai colocar na Ponta Vermelha alguém que demonstra incapacidade aguda de tomar conta do seu próprio partido político? Ou seja, Dhlakama, que não consegue
governar a sua própria família e partido, há-de conseguir governar milhões de famílias dos moçambicanos?
O que nos consola, sinceramente, é que ninguém vai eleger Dhlakama para Presidente da República. Seria fazer voltar Moçambique para a época dos pesadelos. Também nos
consola o facto de o próprio Dhlakama saber que jamais será Presidente de Moçambique, razão pela qual envereda pelo caminho das brincadeiras de adolescente indisciplinado, que diz uma coisa de manhã, para se desmentir à tarde.
Definitivamente, Dhlakama é carta fora do baralho político nacional, por culpa, exclusivamente, imputável a ele e a mais ninguém.
Até porque o povo não vota em brincalhões!
D
'It felt like squatting': The people forced to live without flooring
-
Pia Honey is campaigning for social housing to come with flooring as
standard.
59 minutes ago
5 comments:
Todas as batalhas na vida servem para nos ensinar alguma coisa - inclusive aquelas que perdemos. Estive a citar o escritor brasileiro, Paulo Coelho.
Este caso anémico do Senhor Dhlakama é uma grande licção de vida para mim, acredito que para milhares de moçambicanos além fronteiras.
Se não estiver a padecer de problemas mentais graves, então não é menos verdade que estamos perante sintomas bem fortes que, sem aviso prévio, vai acabar com aquele que o "Semanário Independente" bem o caracterizou de "um dos arquitectos da paz".
Politicamente o Senhor Dhalakama virou uma relíquia, e como está próximo de um museu em Nampula, bem podia ficar embalsamado para os vindouros estudarem este "fenómeno Dhalakama."
Zicomo
Viriato,
Voce bate o Tio Afonso assim ?
Museu pro Tio Afonso ?
esse velhote esta a delirar,que lhe levem a psiquiatria por favor, e toda hora diz que ele é JOVEM ,malandro da rabão, que ate abandona a família darabão
Chauque,
Eu aqui a tentar acalmar a veia do Viriato,
E voce a "tchovar" mais ?
Deixem la o Tio Afonso, ele ate esta preso em casa,
Fica chato, andarem a bater assim a ele.
O pior é que tudo o que fez de bom, o que disse, as possíveis fraudes, etc...ficam em terra, dado a saúde mental desse homem. Sim, museu Karim, se ele não for voluntariamente entregar-se, corre riscos da história lhe colocar lá pelas piores razões.
Zicomo
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