Wednesday 7 April 2010

Itai quer o fim dos táxis-bicicleta em Quelimane

Quelimane (DZ) - Os cem dias de Francisco Itai Meque, podem ser analisados por diversas formas e face aos pronunciamentos em diversas áreas. Já falou de mão invisível face a cólera em Lioma, falou numa das vezes na reunião com empresários
que estes eram fracos e nada faziam para que esta actividade seja rentável. Nesta sua senda de discursos “explosivos”, Itai atacou aos fazedores de táxis-bicicletas,
alegando que tarde ou cedo, esta pratica de táxi através da bicicleta terá seu fim.
Os fazedores de táxi, ouviram e naquele tempo ficaram calados, mas agora já vem ao público contestar estes pronunciamentos do governador da Zambézia.
Estes dizem que a prática de actividade de táxi não é apenas uma vontade, mas sim, sabendo que não há nada em termos de emprego, abraçaram a carreira como um meio de sobrevivência para eles e suas famílias.
Félix José, diz estar nesta andança desde 2008 e por sinal é aluno da escola secundária Patrice Lumumba, curso nocturno. José, disse que a actividade de táxi ajuda a si e sua família, razão pela qual, desde o tempo em que está nesta actividade conseguiu comprar mais uma bicicleta, sustenta sua escola e ate ajuda a sua mãe de idade e mais um irmão. Sobre o fim desta actividade prometido pelo
governador, a fonte disse que seria uma decisão precipitada do chefe do executivo da Zambézia, razão pela qual pede para que as decisões sejam tomadas olhando a
realidade.
Um outro taxista que se identificou com o nome de Custódio, disse que o fim da
actividade taxista na cidade de Quelimane, poderá aumentar ainda mais o número de desempregados.

Depois do Conselho Municipal de Quelimane, ter desviado a rota dos Transportes Públicos Urbanos de Quelimane (TPUQ), para Nicoadala, ao invés de andarem nas já
péssimas estradas de Quelimane, os munícipes ficaram sem soluções em transportes.
A única via para salvar milhares de pessoas que andam na cidade de Quelimane, foi de encontrar alternativas em transporte. E a via mais rápida encontrada, foi a de taxibicicleta, isto em 2006.
De lá para cá, a cena ganhou moda e ninguém perde a oportunidade. Alias, o próprio edil de Quelimane, Pio Matos, veio ao público dizer que os táxis de bicicleta são uma
maneira de incentivar o turismo na cidade onde ele é presidente.
O uso de táxi na cidade de Quelimane, não tem raça, idade, sexo, posição social ou política.
Quantas vezes já vimos gente de todas idades montadas naquele assento de madeira e um pouco de esponja? Tantos, de dia assim como de noite. Desde funcionários
públicos, privados, académicos, todos usam táxi de bicicleta.
Refira-se que até agora não há nenhuma associação dos taxistas como um meio para defesa dos seus direitos. Mas se ainda se mantêm o posicionamento do governador Itai
Meque para pôr fim os táxis de bicicleta, isto poderá fazer correr muita tinta.
*Colaboração de JM e redacção

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