Tuesday, 30 March 2010

Explosão na Av. do Zimbabwe

UMA forte explosão foi registada no princípio da tarde de ontem na Avenida do Zimbabwe, no bairro da Sommerschield, na Cidade de Maputo, tendo causado três feridos graves, danificado com alguma gravidade três viaturas e estilhaçado vidros de alguns edifícios próximos do local da ocorrência. O Comando-Geral da Polícia, através do seu porta-voz, Pedro Cossa, negou ao princípio da noite de ontem tratar-se de um atentado à bomba. A explosão foi registada numa moto que ficou completamente destruída e ocorreu em frente a uma residência que neste momento está a ser habitada por cidadãos de origem asiática. Maputo, Quarta-Feira, 31 de Março de 2010:: Notícias
Chamados ao local, peritos dos Serviços de Investigação Criminal (SICRIM) e das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) encontraram estilhaços, aparentemente de um engenho que terá causado a explosão e um telemóvel. Suspeita-se que tenha sido usado para accionar o explosivo. Mas a Polícia não confirma e remete a suspeição uma perícia.

Desconhecem-se, para já, os autores, bem como as reais intenções do acto. Apenas sabe-se que nos últimos dez dias e sem ninguém estranhar o comportamento, um cidadão frequentava o local com a mesma moto ou, pelo menos, semelhante, que a deixava de manhã e a retirava à tarde. O porta-voz da Polícia confirma este facto. Ontem, supostamente, o mesmo indivíduo, de acordo com Pedro Cossa, foi deixar a moto às nove horas e às 14.00 horas registou-se a explosão. Não foram descritas as características do indivíduo em causa.

Relatos de guardas e outros mirones que se encontravam no local no momento da explosão indicam que foi bastante intensa e que atingiu não só os edifícios da rua onde a moto foi estacionada, mas também atingiu outras residências circunvizinhas.

“A Polícia está a trabalhar com três hipóteses, nomeadamente curto-circuito, problemas relacionados com o tanque de combustível e um atentado. Mas nada disso pode ser assumido sem que haja conclusão do inquérito. Vamos analisar todas as amostras recolhidas. Caso o nosso laboratório não consiga dizer com precisão o que terá se passado, podemos pensar em solicitar alguns laboratórios dos países vizinhos com os quais mantemos relações de cooperação. É verdade que o que aconteceu não é algo normal e deixa qualquer um preocupado” – disse Pedro Cossa.

Nataniel Macamo, general da Polícia, é um dos feridos com gravidade em consequência da explosão registada. Disse ao “Notícias” que no momento do acontecimento se dirigia à Agência de Viagens Sul-Africana, que se localiza na outra margem do local onde a bomba explodiu. Negou que a acção tivesse como alvo a sua pessoa, acreditando tratar-se de uma mera casualidade, uma vez que naquele momento estava prestes a entrar na referida agência de viagem.

“Na verdade, não sei o que arrebentou. Tudo foi em fracções de segundos. Apenas ouvi um estrondo que nem um trovão. Não posso dizer taxativamente que foi uma bomba. Não sei. Na circunstância sofri um corte no braço. Comecei a sangrar com alguma intensidade. Pedi socorro a algumas pessoas que estavam por perto no sentido de parar o sangue. Socorreram-me para o Hospital Militar, onde foi constatado que uma veia sofrera um corte. Transferiram-me para o Hospital Central de Maputo onde, só depois de uma pequena cirurgia, é que se conseguiu estancar o sangue” – disse Macamo.

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