Tuesday 26 January 2010

Um poema de Pedr Lavieque

A colheita eleitoral

No orvalho da aurora cada um compra uma luva
Com ela estreita os dedos para alcanç ar o futuro
Numa vontade conjugada cruzamos cidadania
Somando as quantidades de frio, sol e chuva
Na melodia de quem faz a tradução do escuro
Para que entre nos fazer bem vire gostosa mania

Do campo ao armazém formigas se alimentam
Boas espigas alimentam, sem escolha, toda a aldeia
Um bom batuque soa alegre no eco de boa ceia
Os preguiçosos e duvidosos juntos se refastelam
Porque um querer tão colectivo só pode ser genuíno
E esse querer cobre sem rancor o grão pequenino

Pedro Lavieque
26.Janeiro.2010

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