Saturday 12 December 2009

A Opinião de Antonio de Almeida

A cidade da poeira

(Carta aos meus conterrâneos)

António de Almeida

Outrora, Quelimane já foi a cidade chamado de pequeno Brasil, mãe do palmar e mais tarde a cidade das bicicletas, consequentemente a cidade da poeirada.

Se calhar alguém pergunte-se ao ler este meu artigo o porquê dessa descrição?

Mas antes de se perguntarem eu já respondo a questão.

A nossa bela cidade banhada pelo Índico está a decrescer consideravelmente nos últimos tempos e eu me pergunto porquê, e não tenho resposta.

Tudo bem, o pequeno Brasil desmoronou-se, o palmar filho da terra chuabo morreu de uma doença sem cura; as bicicletas por sua vez, vieram minimizar as distâncias e evitar solavancos porque de carro não se pode andar na cidade de Quelimane.

Hoje, o alcatrão que foi posto pelo Azevedo Campo, está a ser substituído por saibro, que pena mesmo.

Na manhã de sexta-feira dia 11 de Dezembro de 2009, sai de casa em direção ao meu posto de trabalho e como ainda não tenho um carro, peguei num famoso táxi de bicicleta e segui pela avenida Eduardo Mondlane, para quem conhece Quelimane sai do bar Lisboa em direção a ROMOZA ou MIROFER, como quiserem chamar. Para o meu espanto, já na ROMOZA, a estrada cheia de poeira, vinha um camião gigante da CMC em alta velocidade lançando poeira.

Naquele momento safou-se quem de facto tinha um carro; mas eu e os outros, tivemos mesmo que lamber a poeira do início da sexta-feira, que pena!

Para quem está distante desta terra, pensa que está tudo bem cá deste lado. Mas manos esta cidade esta uma merda, um esgoto, um lixo, uma valeta, com tudo virado ao avesso.

Temos que fazer alguma coisa para a nossa cidade porque Maputo não é a única cidade próspera porque todos precisamos de prosperar então:

Vamos também limpar a nossa cidade.

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