A COMISSÃO Nacional de Eleições (CNE) exortou ontem aos cerca de nove milhões e seiscentos mil eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro no sentido de afluírem em massa aos postos de votação para a escolha do Presidente da República e dos partidos políticos que terão assento na Assembleia da República e nas assembleias provinciais. Numa exortação aos eleitores, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, João Leopoldo da Costa, instou os cidadãos no sentido de exercerem o seu direito de voto de forma consciente, pacífica e ordeira.
Segundo João Leopoldo da Costa, o dia de hoje deve ser considerado um dia de festa, um dia em que cada um com zelo, lisura e respeito para com os demais cumpre o seu papel.
Para o presidente da CNE, o país terá eleições livres e tranquilas se cada eleitor votar com independência e de forma ordeira, os delegados de candidatura fiscalizarem o processo à luz da lei e do respectivo código de conduta, os observadores cumprirem a sua missão, os membros das mesas de voto procederem de acordo com a directiva do sufrágio e a Polícia agir conforme a legislação.
Garantiu que os órgãos eleitorais estão preparados para cumprir na íntegra com as suas obrigações no âmbito deste processo, desenvolvendo todas as acções a ela inerentes de modo a satisfazer a expectativa do povo moçambicano.
Na sua exortação a-propósito das eleições de hoje, João Leopoldo da Costa instou de forma particular, os membros das mesas de assembleia de voto para que assumam uma postura exemplar e sirvam o povo com respeito, boa educação e nos termos da Lei Eleitoral.
Segundo ainda a mesma fonte, o direito de votar e de ser eleito é para o povo moçambicano e num Estado de Direito Democrático a expressão mais alta e nobre do gozo do direito de cidadania e constitui a pedra angular sobre a qual assenta a legitimidade dos titulares dos principais órgãos do poder político. Sendo por isso mesmo que hoje há um só caminho: irmos votar”.
Ainda a-propósito das eleições, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), através do respectivo director-geral, Felisberto Naife, garantiu em conferência de Imprensa que o processo de distribuição do material deve estar concluído até à abertura das mesas de voto, às sete horas, devendo a votação, prolongar-se até às dezoito, excepto naqueles casos em que ainda haja eleitores por exercer o seu direito.
Segundo Felisberto Naife, estão garantidas as condições para que o processo eleitoral tenha lugar em Moçambique e no estrangeiro, à excepção dos postos de Dedza, Salima e Sanje, no Malawi. O Governo malawiano não deu a necessária autorização. No estrangeiro está prevista a votação na Alemanha, Portugal, África do Sul, Malawi, Zimbabwe, Quénia, Tanzania, Zâmbia e Suazilândia.
Esta é a quarta vez que os moçambicanos escolhem, através de voto, o Presidente da República e os 250 deputados da Assembleia da República. Este ano a eleição tem a particularidade de se destinar também à escolha de perto de 800 membros das 10 assembleias provinciais que passam a existir a partir deste ano.
Para este sufrágio concorrem 19 organizações políticas, designadamente 17 partidos e duas coligações. Os partidos são Frelimo, Renamo, Partido da Liberdade e Desenvolvimento (PLD), Ecologistas, Partido da Liberdade e Solidariedade (PAZS), Movimento Patriótico para a Democracia (MPD), PARENA, Movimento Democrático de Moçambique (MDM), ALIMO, Partido Trabalhista, União dos Democratas Unidos (UDM), Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Partido os Verdes de Moçambique (PVM), PANAOC, União para a Mudança (UM) Partido de Reconciliação Democrática Social (PRDS) e Partido Popular de Desenvolvimento (PPD). As coligações concorrentes são a Aliança Democrática dos Antigos Combatentes (ADACD) e União Eleitoral (UE).
Para as presidenciais concorrem três candidatos: Armando Guebuza, da Frelimo; Afonso Dhlakama, da Renamo e Daviz Simango, do MDM.
Maputo, Quarta-Feira, 28 de Outubro de 2009. In Notícias
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