Friday 14 August 2009

A Proposito da Peca do Bula Bula de 09 de Agosto de 2009 sobre a participacao de Manuel de araujo na cerimonia da inauguracao da Ponte sobre o rio Zam

Exmo Senhor Presidente do Conselho de Administracao da Sociedade Noticias,
Re A Proposito do artigo publicado na edicao de 09 de Agosto de 2009 do Semanario Domingo, na seccao Bula Bula, em relacao a participacao de Manuel de Araujo nas Cerimonias de Inaguracao da Ponte dobre o Rio Zambeze

Venho por este meio, ao abrigo do direito de resposta consagrado pela Lei de Imprensa, exigir que seja publicado o presente texto com o mesmo destaque.

Em 1990, Moçambique, adoptou uma constituição que, inter alia, assumiu a democracia multipartidária e alargou os direitos dos cidadãos, incluindo a liberdade de expressão, de associação, de filiação, de criação, entre outros direitos que integram a cidadania. A democracia deve ser entendida aqui, como um meio e instrumento de realização de valores essenciais de convivência humana, que se traduzem basicamente nos direitos fundamentais do homem.

Terá sido no exercício dos seus direitos de cidadania, constitucionalmente plasmados, que, o cidadão Manuel de Araújo, tomou a iniciativa de promover um abaixo-assinado em jeito de carta aberta ao Presidente da República de Moçambique, Sua Excelência Armando Emílio Guebuza, manifestando o seu desacordo, direito conferido pela constituição, em relação ao nome que tinha sido proposto, mais tarde confirmado, para a ponte sobre o rio Zambeze, empreendimento de suprema importância para o nosso País, aliás, isto nunca esteve em causa.

Entretanto, tendo o nome, Armando Emílio Guebuza, sido definitivamente atribuído à ponte, chegou a vez de realizar-se a sua inauguração. Uma vez mais, o cidadão Manuel de Araújo, foi convidado na sua qualidade de Deputado da Assembleia da Republica para participar nas cerimonias de inauguracao da ponte. Apesar de na altura se encontrar fora do pais, ciente das suas obrigacoes, exercendo o seu direito de cidadania, e reconhecendo a importância que aquela infra-estrutura representa para o seu País, e para o circulo eleitoral que ora representa, deslocou se por meios proprios a Chimuara para participar na cerimonia da inauguracao da referida ponte e viver na pele partilhando com os milhões de compatriotas seus as emoções que o historico momento proporcionavam. O cidadao ora citado, fez questão de referir em notas escritas após a inauguração e publicadas em orgaos de informacao nacional, as indescritíveis emocoes daquele momento que ficará indelevelmente registado na história do País.
Exmo senhor,
O que é incompreensível, absurdo e aberrante é o facto de aparecer um pseudo/moçambicano, que escondendo se por detras de um semanario publico que viu nisto um problema gigante, tendo, inclusive, desperdiçado o seu tempo, e espaco de um hebdomadario publico, feito com dinheiros publicos, que poderia ter sido aproveitado de forma mais produtiva, a levantar fantasmas e acusar o ilustre cidadao de nao ter sido convidado (usando termos de foro arruaceiro) para o evento entre outras acusacoes levianas proprias nao de um hebdomadario publico mas proprios de um panfleto de injurias, escarnio e mal dizer! Nao percebe o signatario, como um semanario da estatura do Domingo pode descer tao baixo a ponto de mentir a luz do dia sobre um assunto tao leviano, onde bastaria o minimo de deontologia profissional para ter apurado a veracidade dos factos. O que levou o Domingo a mentir ao publico a olhos nus prestando um mau servico aos seus leitores e a sociedade mocambicana? O que tera levado a que um pseudo docente de direito e de jornalismo a ignorar as regras mais elementares da deotologia profissional? Com professores deste quilate, da para perceber o tipo de universidades, de juristas e quica de jornalistas que teremos no pais!
Exmo senhor,
Para azar do Semanario Domingo e para que fique registado para a posteridade, e se corrija o equivoco, por forca de quem de direito, o ilustre cidadao Manuel de Araujo, recebeu nao um, mas dois convites para a referida cerimonia. Um da Presidencia da Republica, enviado via Assembleia da Republica pelo Protocolo de Estado e o segundo entregue em mao directamente ao sujeito, por Sua Excia o Governador da provincia da Zambezia, Carvalho Muaria as 08.30 do dia 31 de Julho de 2009 no seu gabinete de Trabalho. Querendo, apresentaremos as provas em local e momento apropriado. Nao querendo, sois livres de contactar as referidas instituicoes que representam o Estado mocambicano!

Que lista de convidados foi consultada pelo Semanario Domingo onde nao constava o nome de Manuel de Araujo? Certamente nao a do Protocolo de Estado, estado que respeito e me sinto digno representante entanto que membro da casa magna, a Assembleia da Republica! Certamente nao a lista dos convidados do governo provincial da zambezia, entidade co responsavel na organizacao do evento! A ter havido consulta esta so podera ter se circunscrito a proporcionalidade da qualidade jornalistica do semanario!
Gostaria aqui de aferir que mesmo que nao tivesse sido convidado ter me ia feito presente na cerimonia, pois a Ponte sobre o Zambeze e um bem pertencente a todos os moçambicanos! Um bem construido com o suor do meu povo e com o suor dos povos da Uniao Europeia, Suecia, Italia e Japao. Na minha qualidade de deputado da Assembleia da Republica tenho o direito e o dever constitucional de participar em actos publicos decorrentes em territorio nacional e no exterior, quanto nao seja no meu circulo eleitoral, a provincia da Zambezia!

Quantos cidadaos nacionais nao terao sido beliscados na sua honra com base nas suposicoes e consultas ficticias do Domingo? E ja entre nos, porque e que Domingo se preocupou e por sinal erradamente com o cidadao Manuel de Araujo? Tera sido por ter feito uso do seu direito constitucional a livre opiniao e expressao de ideias? Ou tera sido porque nao comunga dos designios politicos dos mentores do Bula Bula e quica do Semanario Domingo? A proposito, deve um semanario publico ter ou defender cores partidarias?
É com muita pena e dor no coração que nos damos conta de haver ainda pseudo moçambicanos desta estirpe, quando estamos em pleno século XXI. Acolhemo los em nosso solo patrio e abusam da nossa hospitalidade, alimentando a discordia, e promovendo o desrespeito pela nossa cultura e natureza africana de respeitarmos os mais velhos e os simbolos da nacao!!

Este tipo de gente nao deveria ter saido do lixo da historia a que foram remetidos com a destruicao do muro de berlim! Nao se apercebe que os ideais por que lutavam e porque foram desterrados fazem parte da historia e que os tempos mudaram. Nao se apercebem que as guias de marcha não são mais necessárias e que a liberdade é um facto. Nao se apercebe que nos estamos engajados em contruir pedra a pedra um novo Mocambique. Nao se apercebe que que juramos que nenhum tirano nos ira escravizar! São pessoas que nunca viveram em democracia e não se adaptam aos valores da democracia, por isso nunca vão entender o que é isso de exercer a cidadania. Eu nao sou apenas habitante de Mocambique, sou cidadao mocambicano, com direitos e deveres, defendidos pela Constituicao da Republica, a lei Mae!

Com gente como esta, Mocambique, minha patria amada corre o risco de andar sempre para trás.

Que relação é que este anónimo habitante do meu pais estabelece entre o facto do cidadão Manuel de Araújo ter manifestado sua discordância em relação ao nome atribuído à ponte e a sua presença na inauguração da mesma? Entendemos nós, tratar-se de dois actos de cidadania, exercidos pelo mesmo indivíduo, a luz da Lei Mae mocambicana. Apenas gente ignorante, como esta, que nem sequer consegue dar a cara para defender suas posições, escondendo-se atrás de pseudonomes, como bula bula, encontra nexo causal e hipocrisia entre os dois actos. O cúmulo do ridículo desta caricatura surge quando, demonstrando sua antisociabilidade, o fulano questiona o gesto de saudação do cidadão Manuel de Araújo para com o cidadão Armando Emílio Guebuza e sua esposa, compatriotas seus, sendo o cidadão Armando Emílio Guebuza , por coincidência, o Presidente da República. Portanto, o símbolo mais alto da nação, que o cidadão Manuel de Araújo o reconhece como tal. Bula Bula nao sabe que em democracia o direito a diferenca e um direito inalienavel! E que diferenca de opiniao nao significa falta de respeito ou ma educacao! Queria Bula Bula que passasse pelo Chefe do meu estado e nao o cumprimentasse! Que passasse pela Primeira dama do meu pais e fingisse que nao a vi! Que mesquinhez! Que pequenez! Esta espécie de criatura é daquele tipo de gente segregacionista (estilo nós vs. eles, oposição vs. poder, ou se não estás connosco estás contra nós-teoria Bushiana) e defensor fervoroso do Partido-Estado. Gente que, pelo seu nível de ignorância, é altamente perigosa.
Agora percebo o que um veterano da luta armada de libertacao me disse ha dia! Araujo, meu filho, Samora sempre quis a paz entre mocambicanos mas falhou na escolha dos negociadores. So tivemos paz em Roma quando Chissano criou uma equipa negocial constituida por mocambicanos! Esta e a licao que me fica deste umbonglio!
Como nota final, ao actual Presidente da República como ao proximo a sair do pleito eleitoral de 28 de outubro de 2009, deixo o apelo para que, não o tendo feito em relação ao nome atribuído à ponte sobre o rio Zambeze, ao combate contra o deixa-andar, burocratismo, inveja, preguiça e outros males, deva direccionar accoes enérgicas contra as mentalidades lambebotistas e escovinhas augusto carvalhais, que usam o dinheiro do herario publico para criar discordias entre mocambicanos! Afinal grandes sao os obstáculos a criacao da riqueza nacional, ao combate contra a pobreza e a promocao do processo de promoção da reconciliacao nacional e desenvolvimento do nosso País.

Exmo Senhor,
Os orgaos publicos porque receptores de dinheiros publicos tema missao e o dever de promover o bem publico e nao perseguir pessoas ou individualidades por causa da sua cor, opiniao, religiao, credo politico, genero ou sexualidade! Assim reza a nossa Lei Mae!

La na missao de Santos Anjos de Coalane, meu pai ensinou me que a unica certeza que podemos ter quanto uma matilha late e que a caravana esta a passar!

Felizmente, Mocambique e um pais maningue nice!

Um abraco patriotico,

Manuel de Araujo, Londres 13 de Agosto de 2009

CC. Direccao do Semanario Domingo, Representante do Banco de Mocambique na Sociedade Noticias, Administradores da Sociedade Noticias, Director do Semanario Domingo, Assessor Editorial do Domingo.

3 comments:

Viriato Dias said...

Grande resposta esta sua, desconhecido Araújo. Força. Ainda não respondeste o meu e-mail.

Um abraço

Anonymous said...

Caro Araujo, penso que o tal Bula Bula 'e alguem marxista leninista. Ainda dorme na sombra da bananeira.
Um abraco

bive said...

Mano, nao se sobem as escadas de sucesso com os pes frios de medo. Fizeste a sua parte. Bem haja