Discrepância salarial entre nacionais e estrangeiros é uma afronta à lei, considera Ministra do Trabalho

A Ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, considera a discrepância entre os salários pagos a cidadãos nacionais e estrangeiros em Moçambique uma total afronta à lei laboral, segundo o jornal "Notícias".

O jornal, que aponta a Açucareira de Moçambique, em Mafambisse, na província de Sofala, como um exemplo dessa discrepância, cita, na sua edição de hoje, Taipo a prometer “mão dura” contra os prevaricadores.

Segundo a nossa fonte, a Ministra do Trabalho fez este pronunciamento à margem da cerimónia de abertura do XV Conselho Nacional da Associação das Secretárias Moçambicanas (ASSEMO), realizada na cidade da Beira, tendo reunido mais de 400 delegados provenientes de todas as províncias do nosso país.

Questionada pelo jornal a propósito da recente queixa apresentada ao Executivo de Sofala pelos trabalhadores da empresa Açucareira de Moçambique, que assegura existir uma diferença abismal entre os salários pagos aos moçambicanos e sul-africanos, alguns dos quais que supostamente não reúnem qualificações para o trabalho que exercem, Taipo reconheceu existir um atropelo grosseiro à Lei do Trabalho, tendo assegurado que há uma revolução que o seu sector está a fazer para controlar o cenário.

“A área laboral está com grandes desafios. Como vê, nós fizemos uma grande revolução neste quinquénio na medida em que, primeiro, aprovamos uma Lei de Trabalho que impõe uma série de exigências que devem ser cumpridas. De acordo com o que está a dizer, a única coisa que está a faltar aqui é o cumprimento da legislação, porque o trabalho igual tem que ter salário igual, daí que o que está a acontecer aqui é que se está a violar a lei. Vamos ter que trabalhar para repor a legalidade”, assegurou Taipo.