Wednesday 22 July 2009

No centésimo dia de Trabalho



Encerrou a sessão mais longa da história da Assembleia da República

Maputo (Canal de Moçambique) - Os trabalhos da X (décima) sessão ordinária da Assembleia da República chegaram finalmente ao fim, após um prolongamento de mais de dois meses, para além da data previamente definida para o encerramento: 19 de Maio de 2009. A sessão que ontem chegou ao fim, iniciou a 11 de Maio de 2009, e contrariamente aos 45 dias que estão definidos no regimento da AR, como sendo a duração de sessões ordinárias, esta durou 100 dias. Discursando no acto do encerramento da sessão, o presidente do órgão, Eduardo Mulémbwè, disse que “para além de mais longa, a X sessão foi igualmente a mais produtiva da história da AR”, no contexto da democracia multipartidária.
O acto de encerramento da sessão foi marcado pelos discursos dos chefes das bancadas parlamentares, e do presidente da AR. A cerimónia contou com presença de diferentes personalidades da esfera política e social do País, dentre elas, os presidentes dos órgãos de soberania do Estado (TS, CC e TA), representantes de partidos políticos, com destaque para o presidente do MDM, o edil da Beira Daviz Simango, representantes de congregações religiosas, corpo diplomático, entre outras figuras.
O primeiro a discursar foi o chefe da Banca da Renamo-UE, num discurso que também entrou para a história, ao durar mais de 2 horas.. Viana Magalhães iniciou o discurso eram 15H:05min, para terminar quando eram 17H:20min. O teor do seu discurso foi essencialmente de críticas ao governo da Frelimo. Depois de terminar, ordenou aos deputados da sua bancada para se retirarem da sala do plenário, e assim o fizeram.
Seguiu-se o discurso do chefe da bancada da Frelimo, Manuel Tomé, que durou por sua vez mais de uma hora. Este posicionou-se no extremo oposto ao do seu homólogo da Renamo. Todo seu discurso foi de excessivos elogios aos feitos do governo durante o quinquénio, interrompendo, de vez em quando, para entoar cânticos revolucionários da Frelimo, seu partido, em plena sala de plenário da AR, com a presença de todas personalidades aqui referenciadas.
Por sua vez, Eduardo Mulembwè, presidente do órgão, levantou-se para elogiar o governo do seu partido, Frelimo, e bajular o presidente Guebuza, para no fim falar daquilo que considerou ter sido o desempenho da AR, durante a legislatura.
Com o encerramento havido ontem, a AR só volta a reunir em sessões extraordinárias, caso haja matéria a ser tratada urgentemente que o obrigue. Caso contrário, a próxima sessão voltará a acontecer no início no próximo ano, para a proclamação e validação dos resultados das eleições gerais marcadas para 28 de Outubro próximo, segundo prevê o regimento da AR.

(Borges Nhamirre)
2009-07-22 05:49:00

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