Wednesday, 8 July 2009

ESTRATÉGIA DA FRELIMO NA AR SE GANHAR AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

Teodoro Wate e Teodato Hunguana na Presidência e Chefia da bancada?
Maputo) Ainda na ressaca das eleições internas do Partido Frelimo realizadas em dez
províncias, com excepção da Província de Sofala, que ao que tudo indica só vai ao sufrágio no próximo fim de semana, começa-se a se decifrar vários cenários
intimamente ligados aos chumbos que alguns nomes sonantes foram vítimas na votação e, por outro lado, a entrada de novos nomes no teatro das operações politicas e
parlamentares, nomes bem cimentados no seio do Partidão.
O Diário de Notícias avança alguns cenários do futuro, fruto de contactos com proeminentes figuras ligadas a Frelimo, Partido no poder desde a proclamação da
Independência, em 1975.
Aliás, as eleições internas do passado fim de semana deixaram de boca aberta, senão,
com credo na boca, a muitos bons e pacatos cidadãos desta Pérola do Índico quanto aos resultados nelas obtidas, sobretudo, no concernente aos nomes sonantes que não lograram votos suficientes para, alguns renovarem os seus assentos na Assembleia da República e outros que, apesar de candidatos ao órgão não conseguiram argumentos
suficientes para ganhar a confiança dos seus camaradas na votação.
Como é sabido, desde Março que a FRELIMO realiza um escrutínio interno para indicação de candidatos a próxima Assembleia da República, que sairá das eleições legislativa de 28 de Outubro.
Este ano, Moçambique vai realizar as quartas eleições gerais (presidenciais e legislativas) e as primeiras eleições provinciais.
O processo de eleição interna da FRELIMO, que decorreu em todas as províncias moçambicanas, que terminou, parcialmente, no domingo, por faltar o escrutínio na polémica província de Sofala, continua a mexer com a maioria dos cidadãos, como
frisamos.
A directiva eleitoral da FRELIMO estabelece uma quota de 60 por cento para reeleição dos actuais 160 deputados do partido no poder no Parlamento, e 40 por cento para novas entradas na bancada parlamentar.
Assim, na próxima legislatura, a bancada parlamentar da FRELIMO deverá ser composta, entre outros, por alguns ministros do executivo de Joaquim Chissano, que governou o
país durante 18 anos até 2004.
José Chichava, que liderou a Administração Estatal na altura em que se introduziu a municipalização em Moçambique, Alcido Nguenha, o último titular da pasta da Educação, e Isidora Faztudo, ex-vice-ministra da Agricultura e Pescas na era Joaquim Chissano, e Tomás Mandlate, ex-Ministro da Agricultura do actual executivo são
algumas das figuras que deverão fazer parte do próximo Parlamento moçambicano.
Teodato Hunguana, ex-juiz conselheiro do Conselho Constitucional e o último ministro da Informação de Moçambique, extinto em 1994, após a introdução do multipartidarismo no país, foi igualmente eleito candidato a deputado pela bancada da FRELIMO.
É a esta figura e a outra em que, se concentram alguns cenários do futuro para a bancada da Frelimo e do próprio órgão legislativo. Aliás, de queda de nomes sonantes em diferentes círculos eleitorais, como alguns governadores a saber Ildefonso Muanantata, da província de Tete e Arnaldo Bimbe, de Niassa, Açucena Duarte, Chefe da
Comissão de Petições no Parlamento, da Maria Angela Manjate, Relatora da AR, de Francisco Bráz Muchanga, Membro da Comissão Permanente, Maria Virgínia Videira, Presidente da Comissão de Planos e Orçamento, António Frangulis da Comissão para
Assuntos Judiciais, Direitos Humanos e Legalidade entre outros, apuramos que os membros seniores do Partidão, sendo um, Teodato Hunguana que, surpreendentemente, o seu nome apareceu como candidato a Assembleia da República e tendo conseguido votos
que o outorgam a entrar no órgão se se tomar em consideração os resultados
eleitorais obtidos no último sufrágioular da pasta da Educação, e Iz. Ao Teodoro
Wate, mercê da prerrogativa estatutária da Frelimo de ser membro da Comissão Política o que lhe caberá ser cabeça de lista, então, conseguirá ter assento no
Parlamento.
Segundo fontes, o cenário um, avança para estas duas figuras a ocuparem lugares cimeiros tanto no órgão legislativo e na respectiva bancada.
Aguardemos.
No entanto, podemos avançar outros cenários, aliás, a queda de alguns
nomes sonantes ajudaram os decisores do Partidão a ter menos dores de cabeça.
Para Açucena Duarte, Mateus Kathupa e Manuel Tomé exercendo funções executivas em grandes empresas públicas o que é incompatível com a sua continuação como deputados, então, estes dedicarão a sua atenção nas referidas empresas.
Outros cenários serão adiantados noutras edições. (Paulo Machava)

No comments: