Friday 24 July 2009

Debate quente no parlamento

Angola



Pretoria (Canal de Moçambique) - A UNITA, principal partido da oposição, está decidida a questionar a “indefinição da data das eleições presidências e os buracos nas contas do Estado”. De acordo com Alcides Sakala, porta-voz da bancada daquela formação política, “há tendência de o MPLA adiar indefinidamente o sufrágio prometido para o ano em curso.” Falando à Rádio Ecclesia, Sakala salientou que “o próprio presidente da República já anunciou há dois anos atrás as eleições presidenciais para 2009, então compete ao presidente da República assumir as suas responsabilidades em relação ao que vai dizendo.”
Sakala estimou que “há uma intenção clara do governo do MPLA de procurar levar para as calendas gregas a realização das eleições presidenciais, ao pretender condicioná-las ao debate constituinte. Portanto, aqui há uma intenção clara de procurar empurrar isto para mais tempo, o que é muito mal para o nosso país.”
Segundo Sakala, a sua bancada vai levantar, ainda, o debate sobre a falta de “clareza na gestão dos fundos públicos do Estado.” Indicou que a presente crise mundial tem vindo a entender melhor os meandros da desgovernação económica, inclusive com mais dados estatísticos, com o exemplo da opaca utilização do Fundo Soberano.
O dirigente da UNITA considera que a “questão da gestão dos petróleos aqui no nosso país não tem sido feita com transparência. Na anterior legislatura, nós procurámos levantar esta questão, mas houve do lado do MPLA resistência em abordá-la com toda a responsabilidade e nós vamos continuar com este processo”.

(Redacção / Rádio Ecclesia)



2009-07-24 05:43:00

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