Monday, 22 June 2009

Parlamento Juvenil debate eleições 2009




“ELEIÇÕES 2009 e a Democracia em Moçambique” é o tema de um debate a ter lugar hoje em Maputo, numa iniciativa do Parlamento Juvenil. Salomão Muchanga, presidente, disse ontem ao “Notícias” que o debate visa fundamentalmente lançar o manifesto eleitoral da juventude, um apelo para a revitalização da política e credibilização dos pleitos eleitorais no país.

Explicou que três questões de partida irão nortear o debate, nomeadamente a responsabilidade dos partidos políticos de acautelarem nos seus manifestos eleitorais as necessidades e prioridades da juventude, a maneira como pode a juventude advogar junto dos partidos políticos que aspiram o poder para que as suas necessidades e prioridades sejam devidamente plasmadas nas suas propostas de agenda governativa e a consciência da juventude sobre a importância da sua participação nos processos e desafios de democratização do país.

Tomam parte no encontro, jovens, representantes de confissões religiosas, dos órgãos eleitorais, da comunidade internacional, comunidade académica e parlamentares. É objectivo geral do debate contribuir para a elevação dos índices de exercício de cidadania por parte da juventude no contexto do processo de democratização do país.

Segundo o presidente do Parlamento Juvenil, o questionamento do manifesto eleitoral dos partidos políticos através do debate sobre a inclusão das prioridades da juventude na sua agenda governativa é uma das diferentes formas de analisar a democracia. Afirmou que o debate não deve ser visto como uma reivindicação de uma juventude ferida com os processos do país, mas sim desconstruir determinadas abordagens, levantar hipóteses, manifestar a vontade da juventude de participar dos processos e produzir novas perspectivas sobre o seu papel no processo de democratização e de desenvolvimento.

Salomão Muchanga observou que a democracia pode ser hipotecada caso não haja jovens com conhecimento das regras de funcionamento do sistema político democrático. Acrescentou que a sustentabilidade do sistema de democracia em Moçambique depende em grande parte da capacidade dos actores políticos de transformarem o Estado sem o destruir, o que só é possível se os jovens apreenderem as regras do jogo democrático e participarem do mesmo.
Maputo, Segunda-Feira, 22 de Junho de 2009:: Notícias

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