Crise financeira mundial: Líderes africanos “têm de estar à altura” - adverte Kofi Annan
O ANTIGO secretário-geral da ONU Kofi Annan alertou ontem os líderes africanos para a responsabilidade de limitarem os efeitos prejudiciais da crise económica global, mas sublinhou também que os órgãos doadores precisam de honrar os seus compromissos.Maputo, Sexta-Feira, 12 de Junho de 2009:: Notícias
Annan falava no Fórum Económico Mundial na Cidade do Cabo, onde apresentou o relatório de um painel de líderes africanos que identifica o fracasso do continente em deter a corrupção como um dos factores que mais restringiram a aceleração do crescimento económico.
As previsões do Painel de Progressos em África, criado para acompanhar o seguimento dos compromissos assumidos pelos países ricos, são sombrias, mas não totalmente desanimadoras. O documento considera que a crise económica mundial é, mais do que um risco, uma oportunidade para que África se torne uma plataforma de crescimento para o resto do mundo. “Tudo depende da qualidade da liderança política”, alerta o painel.
No seu discurso, no primeiro dia do Fórum, Annan manifestou apreensões com o que chamou de “frágil prestação de contas” por parte de alguns líderes africanos, instando-os à prudência em matéria de despesas.
Em entrevista à BBC, o ministro moçambicano do Comércio e Indústria, António Fernando, que participa no Fórum, salientou que “todos têm a noção de que o combate à corrupção é uma das formas de atrair mais investimentos e consequentemente trazer o desenvolvimento económico para os países africanos”.
O Fórum, assistido por vários líderes africanos e centenas de homens de negócios, está a ser dominado por debates à volta da queda da procura de matérias-primas, o que provocou uma redução das previsões de crescimento económico em África, como especificou a Directora Executiva do Banco Mundial, Ngozi Okonjo-Iweala.
“Vimos as nossas taxas de crescimento a baixar de seis para dois por cento. Isto tem um impacto significativo, mas acredito firmemente que, quando a procura mundial recuperar, o continente será capaz de regressar à trajectória em que antes caminhava”, sublinhou.
A África do Sul, vista como o motor do continente, declarou há duas semanas que está a enfrentar a sua pior recessão em mais de 17 anos. Os seus sectores de mineração e de manufactura foram particularmente atingidos.
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