O ministro da Saúde, Paulo Ivo Garrido, dirigiu na manhã desta quinta-feira,
4 de Junho, palavras com tom ameaçador ao jornalista Borges Nharrime, do Canal de Moçambique, quando este o interpelou na Assembleia da República, pedindo ao governante para que explicasse o que se estava a passar concretamente com os doentes mentais das cidades de Maputo e Matola, que, uma vez recolhidos das ruas, são levados ao Hospital Psiquiátrico de Infulene, de onde saem para as redondezas, para pedir esmola.
“Quando questionei-lhe, o ministro mostrou-se nervoso, tendo posteriormente
desatado aos berros, ameaçando instruir os seus seguranças a arrancar o meu gravador, alegando que estava a gravar o que ele estava a dizer sem o seu
consentimento. Nada fiz senão continuar a registar as suas palavras”, contou
ao MISA-Moçambique o jornalista Borges Nharrime, que, na edição de 20 de
Maio último, escreveu no seu jornal que doentes mentais ora em tratamento
no “Infulene” tinham virado mendigos.
Acto contínuo, o ministro Ivo Garrido terá dito: “Quando você nasceu, eu já
estava a trabalhar, não andava a provocar pessoas. Você é criança”. Este é
um claro sinal de ‘fuga para a frente’, o que em nada ajuda na prestação de
contas em torno do trabalho que os governantes desenvolvem.
O MISA-Moçambique apela ao ministro da Saúde, em particular, e aos demais
governantes, em geral, para que se habituem a colaborar com a imprensa,
mormente quando são chamados a esclarecer questões de inegável interesse
público. Disponibilizar informação pública é um dever e não um favor!
Maputo, 5 de Junho de 2009
"Newspapers are owned by individuals and corporations, but freedom of the
press belongs to the people", Anon
'Genuine impasse' at top of government about social care plan - so what
next?
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Multiple sources say the Treasury is deeply nervous about the cost of
fixing social care, and that the PM is yet to decide how to proceed.
40 minutes ago
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