A Confederação das Associações Económicas de Moçambique, a mais importante organização de empresários do país, propôs ao governo “cortes nas despesas públicas”, como forma de enfrentar os efeitos da crise económica internacional.
O governo moçambicano já admitiu que o país está sofrendo os efeitos da conjuntura económica e financeira internacional, como demonstra a quebra das exportações de alumínio, o principal bem de exportação.
O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Salimo Abdula, que falava no último final de semana numa conferência no distrito de Cuamba, província de Niassa, norte de Moçambique, afirmou que o executivo moçambicano deve impor “maior austeridade orçamental, bem como cortes nas despesas e nos serviços públicos”.
Para estancar as consequências da actual conjuntura, as autoridades moçambicanas tem de aumentar os investimentos em infra-estruturas, impulsionar a redução das taxas de juro e empenhar-se na eliminação da burocracia e das barreiras ao negócio nas instituições públicas, observou Salimo Abdula.
O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique propôs também uma maior aposta nas pequenas e médias empresas para a criação de mais postos de trabalho e a concessão de garantias de linhas de crédito para aquele segmento da economia do país.
“À semelhança do que acontece um pouco por todo o mundo, nós moçambicanos devemos adoptar uma estratégia comum para responder à crise”, frisou Salimo Abdula.
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