
Diplomatas em peso na assembleia constituinte do MDM
Beira (O Autarca) – Pelo menos uma dezena de representações diplomáticas em Moçambique confirmaram a sua participação no lançamento do novo partido liderado por Daviz Simango, hoje e amanhã na Cidade da Beira.
Da lista dos países que confirmaram a sua participação na assembleia constituinte do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), de que O Autarca teve acesso, consta a Dinamarca, Suécia, França, Noruega, Holanda, Portugal, Itália, Espanha, Reino Unido e Suíça. No entanto, O Autarca soube que a comissão organizadora da nova formação política endereçou convites a quase todas representações diplomáticas em Moçambique, incluindo Áustria, Estados Unidos, Alemanha, Irlanda e outras.
Os países que confirmaram a sua participação na assembleia constituinte do MDM fazem parte do G-19, grupo de estados que financiam directamente o Orçamento Geral do Estado, até o presente momento em mais de metade.
Entretanto, alguns desses países tem manifestado alguma repulsa, com tendência a reduzir o apoio que prestam ao Orçamento Geral do Estado Moçambicano devido ao fraco desempenho do executivo da Frelimo nalgumas metas dos indicadores de boa governação
e combate a corrupção.
Na óptica de alguns desses países, por exemplo a Suécia que contribui anualmente com cerca de cinquenta milhões de dólares americanos, exige como contrapartida progressos sérios no tocante a boa governação e combate a corrupção.
A par da Suécia, a Noruega, outro país nórdico, também já ameaçou não aumentar ou mesmo reduzir o respectivo apoio ao OGE, também alegando falta de progressos na luta contra a corrupção.
Portugal, antigo colonizador de Moçambique e que até bem pouco tempo foi considerado principal responsável pela guerra de desestabilização do País, desencadeada pela Renamo, consequentemente identificado como potencial apoiante a oposição do Governo da Frelimo, tem se revelado, entretanto, o único estado europeu que demarca-se das ameaças de corte dos apoios ao OGE moçambicano, mantendo a sua contribuição avaliada em 1.5 milhões de euros por ano.
A participação em peso dos representantes diplomáticos daqueles países na assembleia constituinte do MDM é por si uma demonstração clara da confiança que expressam em relação ao novo partido liderado pelo autarca Daviz Simango.
Este gesto representa também um bom início, claro indicador de promessa próspera do novo partido, que pretende concorrer nos três pleitos que vão decorrer em simultâneo no segundo semestre deste ano, designadamente as quartas presidênciais e Legislativas e as primeiras eleições as assembleias provinciais.
Daviz Simango desde que foi afastado da Renamo e tendo tomado a iniciativa de se recandidatar como independente a Presidência do Município da Beira e agora nesse novo projecto de criação de uma nova força política, tem beneficiado de bastante apoio interno e sobretudo externo.
Mesmo para a realização da assembleia constituinte do seu partido, Daviz Simango recebeu apoio sobretudo de organizações estrangeiras interessadas em revolucionar o ambinete político em Moçambique.
A assembleia constituinte do MDM reúne mais de 350 delegados em representação de todos os distritos do País.
Alguns quadros séniores da Renamo que já manifestaram publicamente a sua rivalidade ou divergência de ideias com a liderança do Partido, nomeadamente Maria Moreno, actual chefe da bancada parlamentar da “Perdiz”, Máximo Dias, Ismail Mussá e João
Colaço, todos deputados da Assembleia da República pela mesma bancada, confirmaram a sua presença no encontro de hoje e amanhã na Beira.
O encontro vai decorrer no anfiteatro da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Moçambique (UCM) e boa parte dos delegados encontra-se alojada no Centro Nazaré, também pertencente a Igreja Católica, na Beira representada pelo mediático e
controverso Arcebispo Dom Jaime Pedro Gonçalves.
Ao nível de vários círculos, Daviz Simango tem sido considerado uma alternativa viável a política moçambicana.
Nas últimas eleições autárquicas foi o único que conseguiu vencer a Frelimo, no universo de 43 cidades e vilas municipalizadas.
O autarca é filho de Uria Timóteo Simango e de Selina Tabua Obedias Muchanga, destacados combatentes pela Indepenência do País. (R)
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