Friday 9 January 2009

No tratamento do HIV

Diagnóstico e tratamento a tempo constituem chave do sucesso
-Diz Nobel da Medicina de 2008

Apesar dos vários obstáculos ainda por contornar, um significativo progresso foi já alcançado no trabalho destinado a tornar mais acessível o tratamento do HIV, sendo objectivo das Nações Unidas que até 2010 todo o indivíduo infectado por este virus usufrua desse direito.
De acordo com a agência das Nações Unidas UNAIDS, em 2007 existiam 33 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com o HIV, das quais 2.7 milhões haviam contraído
recentemente o virus, e dois milhões tinham morrido.
Numa entrevista inserida no primeiro Boletim deste ano da Organização Mundial da Saúde (OMS), a virulogista francesa e directora da Unidade de Controlo da
Infecção Retroviral no Instituto Pasteur, em Paris, Françoise Barré-Sinoussi,
refere que apenas 30 por cento dos necessitados têm acesso ao tratamento anti-retroviral nos países de baixo e médio rendimento.
«Mesmo tendo em conta que o acesso universal será extremamente difícil, é necessário insistir neste objectivo, para que os governos continuem a empenhar-se nesse sentido», afirma.
Barré-Sinoussi ingressou no Instituto Pasteur em princípios da década de 70, e nos anos 80 desempenhou um papel preponderante na identificação do HIV como causa da
SIDA, o que lhe valeu a conquista, juntamente com um colega, Luc Montagnier,
do Prémio Nobel da Medicina em Outubro de 2008. Grande parte do seu recente trabalho foi feito em colaboração com especialistas franceses, trabalhadores da saúde e
pessoas vivendo com o HIV nos países de baixa renda na África sub-sahariana e sudeste asiático. «Cuidar de pessoas No tratamento do HIV Diagnóstico e tratamento a tempo constituem chave do sucesso -Diz Nobel da Medicina de 2008
Apesar dos vários obstáculos ainda por contornar, um significativo progresso foi já alcançado no trabalho destinado a tornar mais acessível o tratamento do HIV, sendo objectivo das Nações Unidas que até 2010 todo o indivíduo infectado por este virus usufrua desse direito.
com HIV é um compromisso permanente que implica lidar com doenças crónicas, resistência ao tratamento e, naturalmente, prevenção », diz, adiantando que «temos
tido um sucesso parcial na prevenção da transmissão, particularmente de mãe para filho, mas muitas mulheres ainda não têm acesso a estes programas.
Mesmo com limitações económicas, o sonho é descobrir a cura para a infecção do HIV».
Percurso da descoberta Sobre a sequência dos acontecimentos que levaram à descoberta
do HIV no início dos anos 80, e o ambiente que se gerou na sua equipa, quando se apercebeu que tinha identificado um novo virus, explica que «a descoberta não foi feita num momento específico. Foi um processo conjunto e progressivo com os
nossos colegas clínicos, desde a cama do paciente ao local de pesquisa, e de
novo para junto do paciente. Em Junho de 1981 começaram a surgir informações nos Estados Unidos da América, de casos de pneumonia pneumocista entre homens
anteriormente saudáveis na cidade de Los Angels, espalhando-se mais tarde para outras cidades. Em Janeiro de 1983, Willy Rozenbaum, um clínico que sabia que estávamos a desenvolver um trabalho sobre retroviroses, veio ter connosco com um paciente que tinha atingido um estágio de imunodeficiência, e havia concordado aceitar uma determinada terapia». De acordo com a especialista, a equipa pensou que
poderia tratar-se de um tipo de HTLV (um virus humano linfotrópico-T, o
primeiro retrovirus humano, que foi identificado em 1977), o que implicava desenvolver o virus na cultura de bactérias e ver se tinha qualquer relação
com o HTLV. «Analisámos a cultura de três em três, e de quatro em quatro dias. Tratámos de manter vivas as células infectadas do virus durante três semanas, adicionando linfocitas de dadores. Esta estratégia revelou-se eficaz», conta, adiantando que se a cultura tivesse ficado durante meses, todas as células poderiam ter morrido.
«Em Maio de 1983 fomos capazes de reportar na Ciência que tínhamos isolado um novo virus que provavelmente era causador da doença conhecida por SIDA, o que foi provado
alguns meses mais tarde. Lembro-me de ter telefonado para um amigo nos Estados Unidos, a dizer que pensava que tínhamos uma nova descoberta. Ele respondeu em tom de
gozo, dizendo que podíamos tirar o cavalinho da chuva e deitar tudo para
o lixo»!
Vacina difícil
Apontando as razões da dificuldade em fabricar uma vacina para o HIV, Françoise Barré-Sinoussi disse que a inconstância genética deste virus era um dos obstáculos, enquanto o outro era a forma como ele se aloja nos “reservatórios”, tais como os nodos de linfa da região intestinal. «A erradicação não será fácil porque o
virus fica nestes “reservatórios” e não é afectado pela resposta imune,
mesmo depois de 10 anos de tratamento anti-retroviral. Quando o tratamento é interrompido, o virus é reactivado e os pacientes sujeitam-se a uma recaída. Hoje há evidência de que a resposta imune ao HIV ocorre mais cedo do que inicialmente
se pensava. É possível que tudo seja determinado horas após a infecção.
Um diagnóstico e tratamento antecipados são muito importantes, e eventualmente as pessoas estejam agora a ser tratadas bastante tarde.
Se entendermos melhor a forma como a infecção evolui no hospedeiro, então podemos trabalhar na fabricação de vacinas terapêuticas.
Uma vacina tem que ter a missão de bloquear a transmissão de célula para
célula, mas ainda não sabemos como fazer isso. Caso logremos encontrar estratégias de vacina para o HIV, estou convencida de que também para outras doenças registaremos progressos na fabricação de vacinas».
Dinheiro desproporcionado
Sinoussi não concorda que um desproporcionado montante de dinheiro seja alocado ao HIV/SIDA, em relação a outras áreas da saúde, como sustentam algumas vozes, e diz estar muito surpreendida com o conflito levantado por pessoas que trabalham,
por exemplo, na pesquisa da gripe das aves ou malária, ao argumentarem que muito dinheiro é destinado ao HIV, enquanto o relacionado com outras doenças não é suficiente. «É errado alguém opor-se à luta contra o HIV, a favor de outras matérias de saúde.
Trabalhar em conjunto é a melhor resposta a questões globais da saúde em geral. Tenho notado o impacto que os programas de assistência, prevenção e tratamento do HIV têm no fortalecimento dos sistemas sanitários.
Seria evitada a actual situação de resistência ao tratamento multifacetado
em doentes de tuberculose, se desde o início houvesse uma maior colaboração entre as comunidades que lidam com esta doença e com o HIV. A minha mensagem à comunidade
de saúde global é que devemos prosseguir o esforço iniciado, com forte empenho dos governos nos países industrializados. A transmissão deste virus pode ser facilmente
prevenido, e a promoção de práticas como uso de preservativo é uma questão-chave. Também precisamos de promover a testagem, para permitir um diagnóstico e tratamento
antecipados».
Questionada sobre as suas perspectivas quanto a uma criança que hoje nasce com HIV, a Nobel da Medicina de 2008 respondeu que «como investigadora não tenho capacidade de ser totalmente optimista. Mas se pudermos tratar as pessoas a tempo, então podemos
trazer-lhes alguma esperança.
Prolongar a vida deve dar tempo para adopção de novas estratégias para o futuro. Não tenho a certeza se seremos bem sucedidos na erradicação da doença, mas estou convencida de que seremos capazes de tratar os portadores do HIV, para que não mais
tenham níveis detectáveis do virus e não o possam transmitir a outros».
Enorme responsabilidade
«Sinto uma enorme responsabilidade. Espero poder transmitir uma forte mensagem às autoridades, organizações políticas e à juventude, de que é tempo de atribuir incentivos a pesquisadores jovens para trabalharem no HIV. Precisamos fortemente
de um novo espírito, se quisermos elaborar estratégias novas, criativas, para uma vacina. Precisamos de encorajar cientistas de outras áreas.
Eu pretendo retornar ao laboratório.
Em algum momento da minha vida, gostaria de ter feito a escolha certa ao concentrar-me neste particular virus. Para mim, bastará ir a África ou sudeste asiático e interagir com pessoas vivendo com o HIV. A motivação aparece quando sinto que
posso realmente ajudar as pessoas afectadas», declarou Françoise Barré-Sinoussi, ao ser questionada sobre o que representa para a sua vida particular e profissional, o Prémio Nobel da Medicina com que foi distinguida.

2 comments:

Unknown said...



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