
FIDEL Castro admitiu na quinta-feira o estado precário da sua saúde ao afirmar que não espera assistir ao final do mandato de Barack Obama, para lhe fazer o balanço, como o fez a dez presidentes dos Estados Unidos.
Numa coluna “online” intitulada "Reflexões do Camarada Fidel", o ex-líder cubano declara que os seus sucessores não devem sentir-se condicionados pelas suas reflexões, estado de saúde ou morte. “Tive o raro privilégio de observar os acontecimentos durante um tempo muito longo. Recebo informações e medito calmamente sobre esses acontecimentos", escreveu. "Prevejo que não desfrutarei desse privilégio daqui a quatro anos, quando tiver terminado o primeiro mandato presidencial de Obama".
Nesta matéria, Fidel Castro, 82 anos, nada mais acrescentou.
O essencial da sua coluna foi dedicado ao elogio a Obama, em parte pela sua decisão de fechar a prisão de Guantánamo. Barack Obama é o 11.º Presidente dos Estados Unidos que Fidel Castro vê em exercício desde a Revolução Cubana e meio século de relações tensas entre os dois países.
"O rosto inteligente e nobre do primeiro Presidente negro dos Estados Unidos transformou-se, com a inspiração de Abraham Lincoln e Martin Luther King, num símbolo vivo do sonho americano", escreveu Fidel. No entanto, Fidel Castro antevê que Obama em breve poderá ser vítima do sistema norte-americano: "O que é que ele fará em breve, quando o imenso poder que tomou nas mãos for absolutamente inútil para ultrapassar as contradições insolúveis e antagónicas do sistema (americano)?"
A coluna de Fidel, ao reaparecer, quebra um silêncio de mais de um mês, tendo suscitado rumores sobre o eventual agravamento do seu estado de saúde, em especial após o Presidente venezuelano, Hugo Chávez, ter declarado que o líder histórico cubano já não voltaria a ser visto em público.
"Diminui o número de reflexões, tal como me tinha proposto para o ano corrente, a fim de não interferir ou incomodar os companheiros do Partido e do Estado nas decisões que devem tomar", explicou. "Estou bem, mas insisto: nenhum deles deve sentir-se condicionado pelas minhas eventuais reflexões, pelo meu grave estado de saúde ou pela minha morte", acrescentou, informando que se encontra a rever os seus discursos passados. – (LUSA).
Maputo, Sábado, 24 de Janeiro de 2009. In Notícias
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1 week ago
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