UM destacado dirigente do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder) anunciou que vai aliar-se ao Congresso do Povo (COPE), formação política recentemente criada na África do Sul, alegadamente porque “os valores morais do ANC decaíram mais do que o dólar do Zimbabwe”.
Maputo, Sábado, 24 de Janeiro de 2009:: Notícias
Siyanda Mhlongo, militante há mais de duas décadas do ANC e director de estratégia política do partido na província do KwaZulu-Natal desde 1999, afirmou quinta-feira à comunicação social sentir-se frustrado e desiludido com a actual liderança do partido e a “viragem política” sob a presidência de Jacob Zuma.
“Prefiro que me apelidem de barata, cobra, cão, babuíno, tudo, do que apoiar um partido e um líder cujos valores morais declinaram mais do que o dólar zimbabweano”, afirmou Mhlongo, referindo-se a uma moeda esmagada por uma inflação de 231 milhões por cento ao ano e que não vale literalmente nada.
Confessando que apresentar a demissão do antigo movimento de libertação foi uma decisão “penosa e demorada”, o dirigente citou várias razões para a decisão e destacou a cedência do ANC à corrupção como a principal.
“Em política não existem casamentos permanentes. Não posso fazer campanha por um partido que abandonou a luta contra a corrupção desde a prisão de Schabir Shaik (o antigo assessor financeiro do actual presidente do ANC condenado por corrupção a 15 anos)”, referiu Siyanda Mhlongo, citado pela agência LUSA.
Mhlongo acusou o ANC de “venerar os corruptos e purgar os incorruptíveis” e apelou a veteranos dirigentes do movimento, como Tokyo Sexwale, Pallo Jordan, Zola Skweyia, Frene Ginwala e Sibusiso Ndebele, para que tomem posições públicas firmes contra “a decadência moral do ANC”.
Segundo a LUSA, desde Setembro último, uma longa lista de destacadas figuras do ANC demitiu-se do partido de Nelson Mandela, Thabo Mbeki e Jacob Zuma, aliando-se na sua maioria ao recém-formado Congresso do Povo (COPE), liderado por três destacados dissidentes do ANC: o ex-secretário-executivo e ministro da Defesa Mosiuoa Lekota, o ex-vice-ministro da Defesa Mluleki George e o ex-chefe do executivo provincial de Gauteng Mbamzima Shilowa.
A decisão tomada este mês pelo Supremo Tribunal de Apelação de manter como válido o processo-crime por corrupção contra o líder do ANC ameaça criar mais fracturas no partido, que insiste em manter Zuma como candidato presidencial nas eleições deste ano.
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