Thursday, 22 January 2009

Cartas de profeta a Terra Chuabo

Caro amigo “Mavirigano”!
Ainda estas ai lendo as minhas cartas? Que bom saber, é assim que o
homem se forma.
Sabes mano, a paciência é algo sagrado que todo o ser humano deveria adquirir em qualquer loja e conservar na sua alma. Não se esquecendo do respeito mútuo, porque com o respeito ganhas tudo que achas difíceis, ate mesmo pendurar-se no cimo dum monte e atirar-se ao solo, ganhas com alta facilidade. É bom, sabias? Naquela altura em que eras pequenino, quando a gente ia banhar na “Tamega” (Charco de água estagnada no bairro do aeroporto em Quelimane), as vezes na “Namutoela” (drenagem), e nas noites dávamos um pulo tipo macacos a discoteca “Waya-waya”, tinhas forma de quem raciocina e não esqueceria o passado. Agora que foste engolido com as feras do mato, tornaste um desconhecido, tipo não brincavas com as rodas e os carros de
arrame que roubávamos na “Sai”, pertencentes a EDM.
Es lixado!... Na altura estudavas graças as contribuições dos vizinhos, assistias matine porque a gente desviava centavos dos kotas (parentes no calão actual) para si. Hoje esqueceste até sua tradição; até chegaste de trocar de parentes porque os verdadeiros seus não falam a língua de Camões. Pegaste os seus Pais e enfiaste-os na sua machamba tipo seus empregados. Saiba que estes teus Pais feticios que vivem contigo na cidade, os quais apresentas a sua malta, um dia irão lhe esquecer, quando a sua vida virar-se para o hemisférico norte.
Mano! Abra olho...
(Na próxima edição leia a décima terceira carta do Profeta)

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