Friday, 2 January 2009

Armas e extorsão levam polícias à cadeia




CINCO agentes da Polícia da República de Moçambique afectos ao Comando da Cidade de Maputo encontram-se detidos indiciados de extorsão e fornecimento de armas de fogo a grupos de criminosos. O facto foi revelado por Dias Balate, director da Polícia de Investigação Criminal, num “briefing” com a Imprensa.

De acordo com aquele oficial da Polícia, um elemento da PIC foi detido por se ter provado o seu envolvimento no fornecimento de armas de fogo da corporação a grupos de criminosos. Balate disse que este polícia dava de aluguer o armamento policial recebendo em troca parte dos bens resultantes dos diferentes assaltos.

“A sua descoberta foi possível quando das incursões que temos vindo a efectuar com vista à localização e neutralização de malfeitores. Foi no sentido de se procurar esclarecer os demais crimes que têm vindo a acontecer na cidade, que se chegou ao polícia e descobriu-se que parte do material bélico usado pelos criminosos é por si fornecido” – disse o director da PIC na Cidade de Maputo.

Outros três agentes, conforme explicou, encontram-se detidos por extorsão. Um deles, afecto à Polícia de Trânsito, foi descoberto em flagrante delito pelo Comandante da cidade a extorquir um cidadão na via pública.

Ao todo, o nosso interlocutor disse que são dez as pessoas detidas após um trabalho operativo que visava a captura e neutralização de assaltantes. Os detidos estão divididos em três grupos distintos, nomeadamente malfeitores activos, os que acolhiam os criminosos e os fornecedores de armamento, neste caso de dentro da própria Polícia.

Entretanto, quanto aos assassinos de Feliciano Juvane, director da Ordem e Segurança Pública no Comando da PRM de Maputo, Dias Balate disse estar-se a trabalhar por forma a capturar os autores do macabro crime. Segundo ele, pouco ainda há a dizer com relação ao assunto, estando no terreno diversas equipas a trabalhar por forma a esclarecer o crime.

Feliciano Juvane perdeu a vida cerca das 22 horas e 30 minutos do dia 17 do mês passado, nos Serviços de Urgências do Hospital Central de Maputo. O oficial superior da Polícia perdeu a vida uma hora depois de ter sido crivado de balas, disparadas de duas armas do tipo AKM, na altura manipuladas por igual número de criminosos ainda a monte.

A vítima foi surpreendida quando, voltando de mais uma jornada de trabalho, procurava estacionar a sua viatura na garagem. Os referidos indivíduos faziam-se transportar numa viatura de marca e cor não revelada, e teriam estado de plantão à espera que ele chegasse a casa.

Maputo, Sábado, 3 de Janeiro de 2009. In Notícias

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