O PRESIDENTE da República, Armando Guebuza, enalteceu os ganhos que o país está registar no combate à malária que se traduzem na redução, pela primeira vez nos últimos 20 anos, do número de casos de mortes pela doença.
'Nos últimos dois anos verificou-se uma melhoria no controlo da malária. Em 2007 e 2008, e pela primeira vez nós últimos 20 anos, assiste-se a uma significativa redução no número de casos de doença e de óbitos por malária', afirmou Guebuza.
A malária é endémica no país e é responsável por 40 por cento de todas as consultas externas e cerca de 60 por cento de doentes internados nas enfermarias de pediatria são admitidos em resultado da malária severa.
O Chefe do Estado destacou igualmente os avanços significativos que estão traduzidos na melhoria das condições de saúde dos moçambicanos e no crescimento do número de unidades sanitárias.
O crescimento, segundo o presidente, é paralelo à elevação dos níveis de conhecimento científicos e práticos dos profissionais da Saúde, distribuídos pelas unidades sanitárias do Sistema Nacional de Saúde (SNE).
Guebuza, que falava quarta-feira à Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano apontou a modesta redução do índice de infecção pelo HIV/SIDA de 16.2 para 16 por cento dos cerca de 20.5 milhões de habitantes em idade sexualmente activa no país.
'Trata-se de resultados encorajadores', disse o estadista moçambicano, que afirma serem, no entanto, bastante modestos, tendo em consideração o nível de empenho com vista à prevenção da pandemia.
Face à realidade, o presidente disse que o Governo decidiu criar o Grupo de Referência de Prevenção da Infecção pelo HIV com a missão de identificar, de forma mais sistemática, os factores epidemiológicos e sociológicos que continuam a impulsionar a pandemia.
Além deste organismo criado, o Governo vai continuar a prover o tratamento às pessoas infectadas tendo, para o efeito, alargado os serviços a todos os 128 distritos de Moçambique.
'Graças à expansão deste serviço, a SIDA já não é vista pelo infectado como uma inevitável pena de morte, podendo ser equiparada a doenças crónicas a exemplo de hipertensão arterial e de diabetes', frisou Guebuza.
Refira-se que até Outubro último, a Saúde tinha cerca de 212 mil pacientes em tratamento anti-retroviral, número que, segundo as projecções, aumentará para 127 mil até ao dia 31 de Dezembro deste ano. (AIM)
Maputo, Sábado, 27 de Dezembro de 2008. In Notícias
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