Pela terceira vez em seis anos : Anibalzinho evadiu-se
Em conexão com o acontecido, seis agentes policiais que se encontravam de serviço na ocasião estão a ser ouvidos pela corporação, para explicarem as circunstâncias em que teriam acontecido as fugas. Segundo confirmação dada pelo director da PIC na cidade de Maputo, Dias Balate, a brigada técnica está a analisar os vestígios encontrados no local e promete um esclarecimento para dentro de dias.
A fuga, segundo Dias Balate, deu-se por volta das 10.00 horas. Os três evadidos conseguiram lograr os seus intentos através de um buraco que abriram numa das paredes do corredor do bloco prisional. Para tal, terão usado uma chave de fendas, posteriormente encontrada no local, e uma pequena folha de serra, tendo de seguida saltado para o lado contrário àquele em que se encontravam os guardas. Trepando depois por um edifício contíguo ao muro da vedação do Comando, pularam por este, indo dar aos quintais das residências vizinhas, daí se escapulindo. Vizinhos dizem que terão fugido numa viatura que os aguardava do lado de fora, conduzida por uma mulher, o que a Polícia não confirma. Foram estes moradores das casas vizinhas quem alertou a Polícia da fuga.
“Não podemos assumir isso. Há aquilo que nós chamamos, em linguagem policial, de teoria das versões. Teoria das versões são suposições e não provas. É possível que durante o momento em que eles estavam a fugir estivesse um carro fora e as pessoas pensaram que os viesse buscar. É uma versão que não pode ser descartada. Infelizmente, os colegas que estavam no comando não se aperceberam de nada e, consequentemente, não foram a tempo de persegui-los” , disse Balate.
“O Comando da PRM tem seguranças, sobretudo especiais, que guarneciam as celas. Infelizmente, ninguém se apercebeu do movimento criado pelos evadidos quando estavam a partir a parede. Ainda estamos a investigar, para procurar entender o que terá acontecido, em que circunstâncias eles fugiram. A ter havido negligência ou conivência por parte de alguns colegas nossos, tomaremos as devidas medidas criminais e disciplinares” , disse Balate.
As celas onde os três se encontravam encarcerados são de natureza privativa, cada uma com as suas grades, mas com um portão geral comum trancado a cadeados. “As três portas das celas estavam abertas normalmente, sem nenhum sinal de arrombamento. Todos tinham direito a “banho de sol”, mas duvidamos que a evasão tenha acontecido nesse período”, explicou o director da PIC.
Anibalzinho cumpria uma pena de 29 anos, 11 meses e 25 dias de prisão maior, condenado em conexão com o assassinato do jornalista Carlos Cardoso, em 2000. Empreendeu a primeira fuga em Setembro de 2002, quando faltavam dois meses para o seu julgamento, vindo a ser recapturado na África do Sul em finais de Janeiro de 2003. Evadiu-se de novo a 9 de Maio de 2004, tendo sido recapturado 15 dias depois pela Interpol, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Toronto, Canadá.
Por quatro vezes tentou fugir das celas do Comando da PRM, o que viria a conseguir ontem, na quinta tentativa.
Hélio Filimone
Warnings of stowaway snakes and tree-frogs hiding in pot plants
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Frogs, lizards, snakes and insect pests are being transported across the
world on ornamental plants.
4 hours ago
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