ULTIMA
A hora do fecho
* Mano Guebas está em terras dos vikings mais do sul, onde espera trazer uma mala com 30 milhões de verdinhas, sobretudo para meter num dos sectores que é calcanhar de Aquiles do seu governo: a justiça. Os nossos aliados, que também são conhecidos pelas construções Lego, andam doidos com a falta de eficácia no combate à corrupção e já uma vez fecharam a torneira à Educação na Zambézia. Espera-se que os desenvolvimentos das últimas semanas, aqui na capital, contribuam para o abrir dos cordões à bolsa ...
* Quem eventualmente já abriu os cordões à bolsa é um grupo económico envolvido na construção civil e que quer relançar o terreno da Julius Nyerere que à boca das autárquicas de 2003 deveria ser uma catedral de fé. O encaixe até poderá fazer andar
mais rápido as obras que acabam de começar na 24 de Julho, onde vai mesmo funcionar um grande, grande templo de fé.
* O que também está a dar mola são as concessões mineiras. Depois dos negócios chorudos da nomemklatura com as licenças do camarão e as terras da orla marítima para resorts turísticos, o negócio que está a dar é terra de subsolo. As empresas
estrangeiras que nos últimos tempos estão interessadas em carvão e outros minerais é só procurarem os “donos” e arrematarem ao melhor preço. É por isso que convém que a terra continue a ser do Estado...
* Na frente política há uma aliança contra-natura a funcionar a todo o vapor no Chiveve. É mesmo coligação perdiz e maçaroca e o alvo é o bom do Deviz. A julgar pelos gatos (e gatas) pingados que compareceram no “comício” do homem das cancelas do
Save e dos dois T5, percebe-se o porquê de tanta raiva contra o miúdo.
* O deputado especializado nas “mãos externas” lançou mais uma diatribe contra os seus inimigos de poleiro na escolinha do barulho. Diz que a democracia da perdiz funciona com sms, o que poderá significar que há alguém pelos lados da oposição que
também tem algo a ganhar com o famigerado lobby amarelo/azul que parece dominar o país.
* Quem não está para brincadeiras é a mulher de outro beirense que em tempos foi SG da perdiz. A senhora quer que o tio Afonso dê outro destaque à figura do marido assassinado em circunstâncias meio obscuras em Portugal. E como agora anda
muita investigação no ar, se esta avançar, lá para os lados da rua Daniel Napatima há gente que poderá ficar com as orelhas a arder.
* Meio triste está um jovem repórter pelas bandas de Nampula. Os visados não gostaram das matérias sobre os refugiados e subornos para polícias e as ameaças não se fizeram esperar. Depois ficam admirados que continuemos a descer no índice da
RSF ...
* Não se sabe se está triste mas o ex-ministro que não antecipou o 5 de Fevereiro foi visto pelos seus próprios correligionários a ver o sol aos quadradinhos na quarta-feira da semana passada, o que deu um monstruoso boato. Ora se o senhor quisesse mesmo eliminar insinuações, bastava atender o telefone e toda a gente ficava a saber que estava tudo OK com o novo boss da controversa empresa do ministério da Defesa, à semelhança da qual foi criada a não menos controversa Chicamba Investimentos.
* Excitação da grande na capital são as eleições americanas. Enquanto os conspiracionistas habituais tentam ligar o avozinho republicano a complots terroristas em Moçambique, o pessoal bem disposto da noite está a preparar uma festa da pesada para as bandas dos caminhos de ferro sob o lema “go Obama go”. Na noite das eleições também há festa e há urnas para os moçambicanos expressarem as suas preferências. Barak... como anima...
Em voz baixa
* Circulou discreto, como sempre, mas o destino era o África Bar. Era dos GLS, o que quer dizer gays, lésbicas e simpatizantes. Para a próxima peçam para fazermos publicidade para encher a popular casa de diversão.