Saturday, 29 November 2008

MISTERIOS DO GRANDE HOTEL


O REGISTO constante de mortes misteriosas, prostituição, venda de drogas pesadas e imundícies são, entre outros, os problemas que caracterizam o dia-a-dia do Grande Hotel, um edifício degradado localizado na Ponta-Gêa, um dos mais luxuosos bairros da Cidade da Beira. Residem naquele “antro” 836 famílias que alegam falta de condições para abandonarem o local, mesmo reconhecendo que algumas delas são chefiadas por pessoas relativamente bem remuneradas na Função Pública.

Maputo, Quarta-Feira, 5 de Novembro de 2008, Notícias

O “caso” Grande Hotel é um problema antigo, conhecido na cidade da Beira e reportado várias vezes. As autoridades locais asseguraram que não há condições para melhorar aquele edifício, apelando às famílias, que teimosamente ali vivem, para abandoná-lo. A Associação Muçulmana de Sofala já se solidarizou, construindo algumas casas na zona da Munhava, que albergaram dezenas de famílias.

Sabe-se, no entanto, que o número de famílias a viver no Grande Hotel, tende a crescer. Parte dos beneficiários das casas da Munhava somente recebeu as chaves, mas não vive lá, preferindo arrendá-las para continuar no Grande Hotel. Uma outra parte ocupou as casas naquele bairro, mas mantêm as “flats” do Grande Hotel, arrendando-as a preços que variam de 100 a 250 meticais/mês.

O Grande Hotel tem “capacidade” para 400 famílias, mas residem mais de 800, entre elas estudantes universitários provenientes de outras regiões do País e que não têm parentes naquela urbe, oficiais da PRM, e trabalhadores da Função Pública. Até as suas caves foram ocupadas!

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