Saturday 29 November 2008

(Maputo) Em Quelimane, província da Zambézia, a Renamo queixou-se de que 40 antigos combatentes que vivem no distrito de Nicoadala, fora da cidade, foram levados para
Quelimane um dia antes do dia da votação, numa carrinha Mitsubishi.
A Renamo também se queixou de que membros do Governo, incluindo directores provinciais, estiveram presentes
como observadores nacionais.
O nosso correspondente diz que
a Frelimo confirmou ambas as histórias.
Contudo afirma que os antigos
combatentes não votaram, apenas
apoiaram o partido no dia das
eleições. E os funcionários do Governo
foram legítimamente credenciados
como observadores, na qualidade
de membros de grupos da
Sociedade Civil.
Na Ilha de Moçambique o protesto
inclui denúncias de enchimento
fraudulento das urnas, da utilização
de tinta para a colocação de impressões
digitais a mais nos boletins de
voto para os invalidar, e de se terem
impedido eleitores da Renamo de vo-
Histórias intrigante sobre o processo eleitoral
tar.
ALGUMAS HISTÓRIAS
PODEM SER VERÍDICAS
Em conversas pós-eleitorais, militantes
da Felimo em comemoração,
confirmaram pelo menos algumas
das histórias macabras da Renamo
acerca das eleições. Por
exemplo, um jovem da Frelimo disse
ter votado 4 vezes. Questionado como
o teria feito, disse que quando
chegou à mesa de voto da assembleia,
foi reconhecido pelo presidente
da assembleia que lhe deu 4 boletins
de voto, em vez de apenas
um.
Em Gaza, militantes da Frelimo
num município admitiram ter efectuado
pagamentos de 500 Mt ($ 20)
a delegados do partido Renamo, para
que eles fossem ficar longe das
urnas, e o nosso correspondente relata
que, na verdade, havia poucos
delegados da Renamo em assembleias
de voto.
Mais, a Frelimo fez também pequenas
doações de 100-200 Mt ($
4-8) à Igreja e a líderes tradicionais
que trouxessem as suas congregações
em grupos de voto.
E, num comício no último dia de
campanha, um funcionário da Frelimo
disse à sua audiência que os
computadores usados nas eleições
iriam registar todos os que não
votas- sem a favor da Frelimo.
VOTOS A MAIS EM LICHINGA
Na cidade de Lichinga, província
de Niassa, três assembleias de voto
tinham boletins de voto a mais, nas
urnas. Na Assembleia de voto número
0152, da Escola Amílcar Cabral,
o número de votantes era de
397 mas, os votos na urna foram
398. Na assembleia de voto número
1009, da Escola Secundária Geral
de Muchenga, nos partidos políticos
votaram 220 eleitores mas na urna
estavam 222 votos e no bairro popular,
na assembleia de voto número
0999 votaram 290 eleitores e na urna
estavam 296 votos.
(fonte Boletim da AWEPA sobre
o processo político em
Moçambique nº 16 – 26 de
Novembro de 2008)

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