Wednesday, 8 October 2008

Identificada doença misteriosa na RAS



A DOENÇA que vitimou mortalmente uma guia turística sul-africana que trabalhava na Zâmbia, um paramédico que a acompanhou até Joanesburgo e uma enfermeira que a tratou, pode ser a febre hemorrágica do Congo-Crimeia, disseram ontem as autoridades sul-africanas da saúde.

Frew Benson, director-geral do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde da África do Sul, admitiu ontem que para confirmar as suspeitas sobre a origem da misteriosa e mortífera doença (Crimean-Congo Haemorrhagic Fever ou CCHF), o seu governo enviou amostras de tecidos das vítimas para laboratórios sul-africanos e também para o Centro de Controlo de Doenças (CDC) em Atlanta, EUA. Os testes de culturas, no entanto, afirmou o responsável, demoram em média sete dias a produzir resultados.

A primeira vítima foi uma mulher de nacionalidade sul-africana que exercia a profissão de guia turística na Zâmbia, e que foi admitida na clínica de Morningside Medi a 12 de Setembro, tendo falecido 2 dias depois. Um paramédico zambiano, que acompanhou a vítima num voo especial entre Lusaka e Joanesburgo, viria a ser igualmente admitido 8 dias depois, com sintomas semelhantes, tendo morrido a semana passada.

Finalmente, uma enfermeira que tratou a primeira vítima perdeu a vida logo a seguir, ao que tudo indica em resultado da mesma doença, que produz sintomas semelhantes aos da gripe (na sua primeira fase) e da febre hemorrágica.

As autoridades sul-africanas admitiram várias outras pessoas que estiveram em contacto com as três vítimas mortais da doença, em enfermarias isoladas de dois hospitais de Joanesburgo, com o objectivo de monitorar o seu estado de saúde, não sendo conhecidos pormenores sobre todas elas.

Benson declarou, no entanto, que as suspeitas de que a doença possa ser febre do Congo têm a ver com o facto de a primeira vítima apresentar sinais de ter sido mordida por uma carraça, um dos sinais associados à propagação daquela doença.

As autoridades asseguram que a doença não é transmitida pelo ar, mas sim por contacto com fluidos corporais, pelo que o risco de propagação é reduzido.

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In Noticias, Maputo, Quarta-Feira, 8 de Outubro de 2008.

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