Thursday, 23 October 2008

Ecos do Festival e Zalala

Contra factos não há argumentos-Músicos zambezianos cantaram de barriga vazia
•Os organizadores do festival não soltaram os valores necessários

Quelimane (DZ) –Músicos zambezianos que participaram na 1ª edição do festival de Zalala, em Quelimane, clamam pelo não pagamento do dinheiro por parte da comissão organizadora do evento. De acordo com as fontes que nos pediram anonimato com medo de represália, avançaram numa entrevista em exclusivo ao Diário da Zambézia que o valor em causa está relacionado com a actuação durante o festival no sentido de agraciar a população zambeziana que pela primeira vez assistiu aquele evento, por outro lado, para além deste dinheiro de actuação existe um outro valor que igualmente não foi pago referente as ajudas de custo. De entre tantas irregularidades cometidas pela comissão organizadora do evento, está foi a mais grave para aqueles músicos.
Abordados sobre o valor em causa, as nosas fontes afirmaram que “o acordo foi de pagar dois mil e quinhentos meticais pela actuação”, mas este acordo não foi cumprido pelos responsáveis do evento. As fontes acreditam ainda que o patrocinador do evento já disponibilizou o valor mas por causa de negligência o dinheiro ainda se encontra em mãos alheias.
Num outro desenvolvimento soubemos dos nossos entrevistados que também não foi pago a valor refente das ajudas de custo que eram de quinhentos meticais por dia, e como consequência alguns músicos ficaram de barriga vazia até ao fim do espetáculo, ou seja, desde a hora combinada para o início do referido espetáculo, portanto às 18 horas alguns destes sairam de casa antes de jantar mesmo assim foram actuar, outros usaram o seu dinheiro pessoal para o efeito.
Todos os músicos que actuaram neste no festival de Zalala não assinaram nenhum contrato com o patrocinador, segundo suas palavras “não desconfiamos de nada, tendo em conta que se tratava de um evento...”, desabafam os músicos com uma lágrima no canto de olho.

Recorde-se que haviam sido convidadas cerca de dez bandas musicais, de entre elas sete locais, as restantes de outras províncias a destacar privíncia de Maputo (uma), cidade de Nacala (uma) e cidade da Beira (uma) e cinquenta músicos zambezianos.
Neste grupo de músicos convidados, destaca-se à figura da artista zambeziana, Pureza
Wafino, que se encontra a residir actualmente na província de Maputo. (Artur Cassambay)

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