Chicamba Investimentos: empresa do saque
Conforme o que o SAVANA apurou, a Chicamba Investimentos foi a empresa usada para o saque. Neste processo, Armando Pedro Jr. é indiciado de ter sido o projectista desta empresa, com a missão de desviar fundos do Ministério do Interior.
Mas como é que tudo começa? No decurso desta investigação, o SAVANA apurou que, em 1996, Armando Pedro Jr., na altura afecto ao Ministério da Defesa, recebeu a missão de formar uma empresa no ministério onde trabalhava. Foi criada uma empresa chamada Monte Binga, onde o Estado detinha 50%, e os remanescentes eram controlados por alguns conhecidos generais do Ministério da Defesa. O capital social da empresa é de 250.000 Mt. Por seu turno, a Monte Binga, empresa que detém interesses em vários sectores, associa-se à Mozambique Holdings, e criam a FAUMIL, uma firma de produção e comercialização de uniformes militares, policiais e paramilitares, para a polícia, escolas, hospitais. Só que, algum tempo depois, outros generais que não faziam parte da empresa (Monte Binga) começaram a reclamar a divisão do bolo (lucros), situação que criou um mal-estar. A solução encontrada foi passar os 50% de capital privado, que a firma detinha, para o Estado, ficando este com 100%.
Manhenje entra em cena
O SAVANA soube que, entre 2001 e 2002, Almerino Manhenje, piloto-aviador, interessa-se pelo projecto criado no Ministério da Defesa. Solicita Armando Pedro Jr., na qualidade de criador da Monte Binga, para o ajudar a montar um projecto similar no Ministério do Interior. Assim, na qualidade de Ministro do Interior, Almerino Manhenje passa uma credencial, a que o SAVANA teve acesso, a Armando Pedro Jr. para representar o Estado na formação e na escritura pública. É criada a Chicamba Investimentos. 50% das acções pertencem ao Estado e os remanescentes 50% a altas patentes do Ministério do Interior que nem sequer realizaram o capital, mas tinham acesso a lucros. É a este crime que a lei 6/2004, artigo 10 chama de “participação económica em negócios ilícitos”.
INUPOL
Por seu turno, a Chicamba Investimentos e a Mozambique Holdings (esta última empresa que participa com a Monte Binga na FAUMIL) formam a INUPOL - Indústria Nacional de Uniformes Policiais. Nesta empresa uma das partes detém 50% das acções. Ao que apurámos, foi na base desta complexa teia que se drenou parte substancial dos nove milhões de dólares do Ministério do Interior. A Chicamba Investimentos, que, pelo menos no seu objecto social diz actuar em várias áreas de actividade, recebeu dinheiro do Estado, sem executar nenhum projecto. Foram solicitados e pagos uniformes policiais que nunca chegaram a ser fornecidos.
Fontes próximas de Armando Pedro Jr. afiançaram-nos que o papel do actual PCA do INSS terminou na formação e na escritura pública da referida empresa, numa alusão de que ele não tem nada a ver com o que veio a acontecer posteriormente.
Retiring Nadal's career over after Spain's Davis Cup defeat
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