Angolanos elegem novo parlamento
HOJE é dia grande em Angola. O dia em que os angolanos decidem o seu futuro para os próximos quatro anos. De facto, cerca de 8,3 milhões de eleitores vão hoje às urnas para escolher um novo parlamento, num ambiente de paz e tranquilidade. Aliás, vários cidadãos que falaram para o “Notícias”, aqui em Luanda, pronunciaram-se a favor da paz, sustentando que nestas eleições Angola tem que dar um exemplo ao mundo sobre a forma de realizar eleições pacíficas, livres e transparentes.
Concorrem para esta eleição 14 formações políticas, entre as quais o MPLA (no Governo), a UNITA, de Isaías Samakuva, e a FNLA, de Ngola Kabango.
Além destes partidos históricos, que representam os ex-movimentos de libertação, desfilam igualmente na corrida o Partido de Renovação Social (PRS), de Eduardo Kwangana, a Frente para a Democracia (FpD), de Filomeno Vieira Lopes, o Partido Renovador Democrático (PRS), de Luís dos Passos, e o Partido Liberal Democrático (PLD), de Amália da Vitória Pereira, a única mulher à frente de um partido político em Angola e ex-candidata presidencial.
A fila de concorrentes é ainda completada pelo Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA) e por seis outros pequenos partidos ou coligações que conseguiram sobreviver ao rigor selectivo do Tribunal Constitucional (TC), que das 34 candidaturas iniciais chumbou 20 listas por falta de requisitos documentais e legais mínimos de admissibilidade.
Em disputa na eleição de hoje estão 220 assentos no parlamento, actualmente liderado pelo MPLA, com os 129 lugares ganhos no primeiro escrutínio do género, realizado nos finais de Setembro de 1992, quando a UNITA, então liderada pelo falecido, Jonas Savimbi, fez eleger 70 deputados antes de retomar a guerra por alegações de fraude eleitoral.
Para estas eleições, o Governo angolano disponibilizou, cerca de 500 milhões de dólares, cabendo a cada partido concorrente cerca de um milhão e 163 mil dólares para as suas despesas organizativas e propagandísticas.
Dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE) referem que para estas eleições funcionarão cerca de 14400 assembleias de voto, comportando cada uma quatro mesas de votação. As urnas serão abertas às 07.00 horas, para encerrar às 18.00 horas locais (menos uma hora em Maputo).
O porta-voz da CNE, Adão de Almeida, disse ontem à Imprensa que os eleitores podem votar em qualquer assembleia da sua área de residência. Para garantir a segurança, a Polícia activou um contingente de 70 mil homens desdobrados já pelo país. Mais de 150 observadores de organizações internacionais, incluindo a União Europeia, a SADC, o Parlamento Pan-africano e a CPLP, foram acreditados para acompanhar estas eleições. O moçambicano Leonardo Simão chefia a missão de 15 elementos da CPLP.
DAVID FILIPE, em Luanda, para mais detalhes clique aqui
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