Carta dum leitor atento ao Rondinho Calavete*
Irmão Rondinho,
Votos de boa saúde, tal como mandam as regras!
Li com bastante interesse o seu artigo, o qual, honestamente tocou o meu íntimo. Tenho sido um leitor assíduo, pelo menos quando estou dentro da pátria amada e perto do acesso a essa tecnologia actual chamada Internet - um imperativo social?!
Não sei porque tento redigir-lhe estas linhas mas também não vejo a razão de não o fazer. Concordo quase na totalidade das suas palavras embora não partilhe do mesmo sentimento! A minha contradição está no facto que embora reconheça a "cobardia" existente no seio do Zambeziano (apelidada pelos não Zambezianos) há no entanto a vontade de vencer (resiliência natural) dos Zambezianos.
Aliás, não podemo-nos esquecer dos Nharingas, Lomwés, Munigas, etc... que não sendo Chuabos tem outro tipo de investidura.
Aceito o desafio de existência de "mafiosos" intelectuais conforme apelidado por si, mas nesse capítulo eu não gostaria de culpar os níveis escolares como razão dessa prática (a mafia não se aperfeiçoa na escola, pelo contrário).
Dificilmente nascerão Obamas, Kenedys ou mesmo Chissanos numa sociedade pouco concertada. Ali na Zambézia há falta de vóz, liderança ou mesmo figura convergente, mas acima de tudo é que não há diálogo e pretensão inclusivista. Há sim, vontade de perpectuar as coisas tal como são: uns dominantes e outros adormecidos. E nessa toda contrariedade existem os que pouco se importam (a maioria da juventude actual: pegando-me da sua periodicidade, os que nasceram nos entre as décadas 70 a 80). Os debates fazem bem a sociedade mas eles são cultivados. Não te esqueças meu irmão (na qualidade de professor) nque nas escolas moçambicanas (aqui incluo a
Universidade também) não existe a cultura de debate - estou me referindo aos bates científicos.
Há sim debates em torno dum assunto quente ou pontual da vida dos docentes ou relacionado com aproveitamento, avaliação, etc dos estudantes. E tudo isto feito de forma isolada e com as partes tomando posições fragmentadas!
Vou terminar aqui e desta vez, dizendo que apesar do meu tempo (tornado indisponível ou limitado), convido-lhe a organizar um debate (fale com mano Ivo 824145990 e email copiado) do qual farão parte a massa pensante/iluminada da sua amada província para que veja a que ponto o azar de ser zambeziano não é uma ironia do destino (será que o destino não se pode divertir/desviar?). Se não vejamos: casar com pobre é destino e casar com uma mulher bonita/serpente será o quê?
Mais não disse, saudações Zambezianas!
PS: sem revisão!!!
Abdul Mussa
*Este título é da nossa inteira responsabilidade
Li com bastante interesse o seu artigo, o qual, honestamente tocou o meu íntimo. Tenho sido um leitor assíduo, pelo menos quando estou dentro da pátria amada e perto do acesso a essa tecnologia actual chamada Internet - um imperativo social?!
Não sei porque tento redigir-lhe estas linhas mas também não vejo a razão de não o fazer. Concordo quase na totalidade das suas palavras embora não partilhe do mesmo sentimento! A minha contradição está no facto que embora reconheça a "cobardia" existente no seio do Zambeziano (apelidada pelos não Zambezianos) há no entanto a vontade de vencer (resiliência natural) dos Zambezianos.
Aliás, não podemo-nos esquecer dos Nharingas, Lomwés, Munigas, etc... que não sendo Chuabos tem outro tipo de investidura.
Aceito o desafio de existência de "mafiosos" intelectuais conforme apelidado por si, mas nesse capítulo eu não gostaria de culpar os níveis escolares como razão dessa prática (a mafia não se aperfeiçoa na escola, pelo contrário).
Dificilmente nascerão Obamas, Kenedys ou mesmo Chissanos numa sociedade pouco concertada. Ali na Zambézia há falta de vóz, liderança ou mesmo figura convergente, mas acima de tudo é que não há diálogo e pretensão inclusivista. Há sim, vontade de perpectuar as coisas tal como são: uns dominantes e outros adormecidos. E nessa toda contrariedade existem os que pouco se importam (a maioria da juventude actual: pegando-me da sua periodicidade, os que nasceram nos entre as décadas 70 a 80). Os debates fazem bem a sociedade mas eles são cultivados. Não te esqueças meu irmão (na qualidade de professor) nque nas escolas moçambicanas (aqui incluo a
Universidade também) não existe a cultura de debate - estou me referindo aos bates científicos.
Há sim debates em torno dum assunto quente ou pontual da vida dos docentes ou relacionado com aproveitamento, avaliação, etc dos estudantes. E tudo isto feito de forma isolada e com as partes tomando posições fragmentadas!
Vou terminar aqui e desta vez, dizendo que apesar do meu tempo (tornado indisponível ou limitado), convido-lhe a organizar um debate (fale com mano Ivo 824145990 e email copiado) do qual farão parte a massa pensante/iluminada da sua amada província para que veja a que ponto o azar de ser zambeziano não é uma ironia do destino (será que o destino não se pode divertir/desviar?). Se não vejamos: casar com pobre é destino e casar com uma mulher bonita/serpente será o quê?
Mais não disse, saudações Zambezianas!
PS: sem revisão!!!
Abdul Mussa
*Este título é da nossa inteira responsabilidade
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