Recibi do endereco do Noa Inacia um texto que achei interessante partilhar convosco, com a devida venia ao autor.
“ Dizem que o gato só se torna verdadeiramente perigoso quando você o ataca e lhe deixa num beco sem saída” (N.Inácio)
Deixa-me começar por dizer, que conheço o senhor Venâncio, melhor do que muitos, porque tenho a oportunidade de partilhar com ele algumas opiniões, e ultimamente andamos de alguma forma em desacordo, mas em respeito a sua grande pessoa tive que o pedir para publicar os meus pensamentos sobre a sua pessoa, que muito admiro.
Primeiro deixa-me começar por clarificar que o faço via escrita, exclusivamente para a blogosfera porque acredito que este seja o fórum mais apropriado para este tipo de….bem não sei o que é isto, mas aqui as pessoas são ou parecem ser “intelectualmente maduras”, para se auto-compreenderem.
Bem em vez de dar voltas deixa-me dizer que Venâncio Mondlane, é um homem popularmente admirado, um óptimo pai apesar de eu não o achar um óptimo filho, um homem apaixonado pelas suas próprias convicções, igual a sí mesmo, um Radical Revolucionário, e por isso acredito que isso o leva no meu ponto de vista a perder por alguns momentos o sentido de Estado.
Porquê falar de Venâncio? Não seria esta uma forma de atiçar cada vez mais Venâncio? Espero que não, mas espero bem que não. Então o que eu quero com este texto? Pretendo dizer ao meu amigo Venâncio, que quando Artur Semedo enquanto Seleccionador Nacional, dizia que este “ futebolzinho nosso mete nojo” mesmo tendo argumentos para tal, acabou perdendo grande parte dos seus admiradores, e finalmente viu-se “convidado” a deixar o cargo de seleccionador, porque aquela era uma frase demasiadamente atentadora da auto-estima do cidadão comum, de um conjunto de moçambicanos que só tinham no “nojo” o amor de algo nacional do futebol das paixões populares. Apesar do senhor Venâncio não ser nenhum seleccionador, nem ocupar cargos de Estado, é a boca de muitos Moçambicanos, um verdadeiro “opnion maker”, por essa razão fico bastante preocupado quando o seu discurso começa a parecer fugir dos desafios do povo e criar uma ideia de que está entrar nos desafios politicamente obscuros, ou seja numa clara tendência que o acabará levar a funções e acções de alguns que ele muitas vezes tem criticado.
Bem, há uma coisa que Venâncio e muitos de nós estamos a construir ou melhor a consolidar, é a diversidade do pensamento, a liberdade de escolha política, a liberdade de expressão, mas contrariamente a Venâncio e a muitos, eu penso que estes valores não podem justificar ou serem usados através dum discurso que se caracteriza reiteradamente ou manifestamente ou também abusivamente por dizer que não se esta a fazer nada, não se fez nada, não se vai fazer nada. É preciso saber valorizar e falar ainda que seja de coisas pequenas mas boas que estão sendo feitas e que foram feitas, é preciso ter um discurso que não desestabilize a segurança do Estado, não podemos ter um discurso que leva o povo a ficar confuso/baralhado das suas crenças.
Pelo que consta e isso é concessual, Venâncio é um excelente pesquisador, um pesquisador sem igual que sabe aliar o discurso com academia, alicerça sempre os seus posicionamentos a realidade comum, tem sempre dados sobre do que fala e tenta sempre falar bem e melhor que os seus pares, sempre e sempre.
Então onde está a falta de sentido de Estado nisso? Dizer a verdade é Mau? Olha, as suas grandes verdades, os seus grandes posicionamentos devem ser feitos de tal forma que as pessoas vejam a razão das sua existência, e não vejam em ti um pseudo adversário político e a crítica ao Estado não pode ser feita na perspectiva simplista ou de banalização das nossas conquistas, temos que procurar sempre, sempre, toda hora e em todo momento saber fazer chegar a nossa mensagem, para salvaguardar não só a estabilidade, mas sobretudo a nossa auto-estima. Eu sei que poucos entendem o Estado, e sei também que em Moçambique Estado existe na minha cabeça e de poucos outros, mas juro, existe, e nós que sabemos ou queremos a sua existência, temos que respeitá-lo, ainda que seja muito difícil, mas temos que fazê-lo.
Amigo! O maior “veneno” que existe no mundo é o conhecimento, porque podemos usá-lo até contra nós próprios e me parece ser o caso do nosso e muito meu admirado OPNION MAKER.
De amigo para amigo
The Papers: Reeves needs 'Christmas miracle' and King's 'message of unity'
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Tuesday's headlines focus on the UK economy's growth struggles and the
King's Christmas speech.
1 hour ago
7 comments:
Hehehehe! estou a ver isto como evangelizacão, desculpem-me. Será verdade que dizer a verdade é contribuir para instabilidade política no país? Não é isso ao contrário? Está-se a mobilizar o conformismo?
Essa concepcão de que um levantamento popular é insinuado pela expressão livre pode ser de pessoas conformadas, desculpem. Uma manifestacão popular é resultado de sentimentos, meu caro Inácio Noa. Até a falta de expressão livre de sentimentos pode mais insinuar o levantamentos populares que ao contrário.
Tenhamos atencão sobre o que cria instabilidade política mais perigosa.
Em pleno tempo de proibicão de manifestacões, numa manhã de Janeiro de 1979 acordei no meio duma manifestacão em que a direccão do centro já não tinha controle. Ninguém havia falado nada no dia anterior. A outra manifestacão que experimentei foi de Fevereiro 1990.
Portanto, o argumento de Noa não me convence. O que eu posso concordar é mobilizar a cada mocambicano para procurar a melhor maneira para contribuir na solucão dos problemas do país.
Nota: não sou a favor de passagem automática nem aquilo de que o aluno deve ter no mínimo 7 valores enquanto a escala for de 0 - 20 valores.
Hehehehe! estou a ver isto como evangelizacão, desculpem-me. Será verdade que dizer a verdade é contribuir para instabilidade política no país? Não é isso ao contrário? Está-se a mobilizar o conformismo?
Essa concepcão de que um levantamento popular é insinuado pela expressão livre pode ser de pessoas conformadas, desculpem. Uma manifestacão popular é resultado de sentimentos, meu caro Inácio Noa. Até a falta de expressão livre de sentimentos pode mais insinuar o levantamentos populares que ao contrário.
Tenhamos atencão sobre o que cria instabilidade política mais perigosa.
Em pleno tempo de proibicão de manifestacões, numa manhã de Janeiro de 1979 acordei no meio duma manifestacão em que a direccão do centro já não tinha controle. Ninguém havia falado nada no dia anterior. A outra manifestacão que experimentei foi de Fevereiro 1990.
Portanto, o argumento de Noa não me convence. O que eu posso concordar é mobilizar a cada mocambicano para procurar a melhor maneira para contribuir na solucão dos problemas do país.
Nota: não sou a favor de passagem automática nem aquilo de que o aluno deve ter no mínimo 7 valores enquanto a escala for de 0 - 20 valores.
Meu caro: na vida ha dois grupos de cidadaos os que dizem as verdades e os que nao as dizem! Saber falar e nao falar e tao criminoso como assistir alguem a ser assaltado ou violado e nao fazer nada! Meias verdades sao tambem meias mentiras! E nao se pode ser mentiroso e verdadeiro ao mesmo tempo! A patria se constroi com verdades! nao ha patriotismo que se alimente de mentiras! Esse nao e patriotismo e traicao a patria! forca jovem Venancio Mondlane! O general Hama Thai deve estar a sua procura para te entregar o pais, pois nao miopia dele nao consegue ver que ha jovens em mocambique com alto sentido patriotico! jovens que arriscam a vida para dizer as verdades da mentira! ou as mentiras da verdade! Forca jovens como Azagaia e outros que tem a coragem de dizer o que lhes vai na alma! A liberdade de expressao, de opiniao, de reuniao nao cairam do ceu! Milhares de jovens mocambicanos perderam a sua juventude e suas vidas e membros para que hoje tivessesmos esses direitos! Nao valoriza-los e trair a memoria e o esforco desses jovens!
E mais nao disse,
Manuel de Araujo
Primeiro deixa me ser que nao teria nenhum problema em enviar ao professor Dr Manuel Araujo, mas ele que reconfirme que nao o fiz, tendo o retirado do Mocambique Online. No entanto, espanta-me o facto de que o centro da minha analise estar ou quase pretender ser desvisrtuado. Eu nao analiso as metiras da verdade, ou as verdades da mentira, mas sim espero que todos nos ao analisarmos o que quer que seja nao nos limitimemos a banalizar as conquistas, a desvalorizar os esforcos, apesar de que na propaganda de mass midia tem mais admiracao quem consegue dizer e provar que nao se esta a fazer nada. MAS REFLICTAM ONDE FICARA A MEMORIA ISNTITUCIONAL? NAO CORREREMOS O RISCO DE REPETIR NO FUTURO ALGUNS ERROS DO PRESENTE PORQUE NAO OLHAMOS PARA AS POUCAS COISAS POSITIVAS QUE SAO FEITAS? NAO SOU DOGMATICO. RESPEITO O PENSAMENTO DOS OUTROS. E TU?
Mais nao disse, e muito Obrigado. N.Inacio
Desculpe-me nao sei quem esse fulano que escreveu essa carta, mas digo que ele nao passa de um PANACA, alguem que quer a todo custo mobilizar o conformismo no sieo da populaçao, eu sempre estve de acordo com o
Eng. Venancio Mondlane, que o adimiro bastante... Serei ANTI-FRELIMISTA, enquanto a corrupcao existir...
VIVA VENACIO MONDLANE,,,
A revolucao comecou! Juventude eh e sera o motor deste Pais , mas nao queremos Jovens por seren Jovens apenas queremos Jovens que tem mentes inalienaveis, mentes com visao futuristica e benefica para todos
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