Wednesday 7 May 2008

Zimbabwe: Primeiro Ministro Queniano lamente crise criada por Harare




Falando pouco horas após um encontro com o líder do maior partido da oposição no Zimbabwe, Morgan Tsvangirai, o primeiro-ministro queniano lamentou que a maior parte dos países tenha adoptado uma "atitude de silêncio em relação à crise naquele país".



Joanesburgo (Canal de Moçambique) - O primeiro-ministro do Quénia, Raila Odinga, afirmou que iria apelar à União Africana para agir de forma "mais proactiva" no tocante à crise eleitoral no Zimbabwe. Odinga considerou uma "tristeza" o facto dos resultados eleitorais no Zimbabwe terem demorado mais de uma mês a serem anunciados. Falando pouco horas após um encontro com o líder do maior partido da oposição no Zimbabwe, Morgan Tsvangirai, o primeiro-ministro queniano lamentou que a maior parte dos países tenha adoptado uma "atitude de silêncio em relação à crise naquele país", salientado que tal "não era bom para a democracia". Odinga é citado pelo jornal de Nairobi, The Nation, como tendo afirmado ser dever dos líderes africanos "erguer as suas vozes bem alto sempre que se cometam injustiças." Em Harare, a Rede de Apoio Eleitoral do Zimbabwe (ZESN) manifestou ontem dúvidas quanta à "credibilidade" dos resultados das presidenciais. Formada por 38 organizações não-governamentais, a ZESN disse que o atraso de um mês em se anunciarem os resultados das eleições de 29 de Março havia "minado a imparcialidade, credibilidade e transparência da Comissão Eleitoral do Zimbabwe". A ZESN salientou que "não podia substanciar os números avançados pela Comissão Eleitoral do Zimbabwe pois desconhecia qual havia sido o método de se manterem as urnas com os votos sob custódia durante o período entre o escrutínio e o anúncio dos resultados". Entretanto, o ministro dos negócios estrangeiros britânico, David Miliband, apelou ontem para o "envio imediato de observadores internacionais" para o Zimbabwe de modo a que a "segunda volta das eleições presidenciais possa ter uma chance de vir a ser realizada de forma legítima". Miliband frisou que "para a segunda volta ser considerada livre e justa deverá pelo menos haver uma cessação imediata da violência, e os observadores internacionais deverão ser desdobrados no terreno com a devida antecedência." O ministro inglês acrescentou que o chefe do regime de Harare estava a fazer "uso da violência numa tentativa desesperada de se manter no poder."
(Redacção / The Nation / News24.com /AFP /Allafrica.com)

1 comment:

Jonathan McCharty said...

Prezado M. Araujo!

Adicionei-o aos meus "elos" no meu blogue (ainda no seu primeiro gatinhar). Espero que não esteja a incorrer em matérias do fórum de "invasão de propriedade privada/intelectual"!

Abraço