Azagaia

Azagaia ouvido na PGR2008/05/02

Querem saber se algumas passagens da letra `Povo no Poder´ incitam ou não à violência´, disse esta quarta-feira o jovem músico Azagaia à saída da Procuradoria da República da cidade de Maputo, onde foi ouvido.

Para Edson da Luz, seu nome de registo, a resposta à letra incita ou não à violência `depende exclusivamente da abordagem que cada um faz´.Acompanhado pela sua advagada Alice Mabote que também é presidente da Liga dos Direitos Humanos(LDH), Azagaia indicou que a procuradoria fez três perguntas que basicamente consistiam em saber se a letra era sua e se tinha algum objectivo em atingir com a mesma e, por último, se aletra incitava ou não à violência.Azagaia apontou que durante a audição assumiu que a letra era sua e que fê-lo como artista e para a mesma ser escutada.A fonte indicou que durante a audição o magistrado do Ministério Público- apenas o identificou por Doutor Ribeiro- não fez nenhuma referência às manifestações registradas a 5 de Fevereiro nas cidades de Maputo e Motola mais tarde replicadas noutras zonas urbanas do sul de Moçambique.`Estou à espera das novas ordens da procuradoria´, indicou, acrescentando que a audição não lhe causou nenhum abalo psicológico.Maria Alice Mabote, advogada de azagaia, disse que enquanto aguardam o decurso do processo `vamos lutar o máximo possivel pela liberdade de expressão´A advogada desqualificou a suspeição de que a latra `Povo no Pode´ incita à violência, referindo que a mesma foi feita depois das manifestações de 5 de Fevereiro e depois e depois da sua publicação não se registaram acontacimentos semelhantes.No seu entender a letra é reveladora duma verdade, pois, segundo argumenta, depois da manifestação popular o Governo viu-se forçado a tomar uma posição (interrupção da tarifa contestada e anúncio da medida compensatória aos `chapas´.Sobre a atitude da Procuradoria, Alice Mabote disse que a mesma pretende amedrontar Azagaia, feito que `não vão lograr posto que ele não está sozinho´.A presidente da LDH confessou que gosta da música `Povo no Poder´ e promete acompanhar o jovem autor até ao fim da procissão.