Noé Nhantumbo lança livro na Beira
Maria Pinto de Sá, da Casa do Artista que apoiou o lançamento do livro, considera que a obra é uma generosa contribuição para o abandono do comodismo e da atitude de «yes man» que caracteriza a sociedade moçambicana, numa clara alusão à cega credibilidade de tudo quanto os dirigentes dizem, anotando-se ademais que convida as pessoas a pensar e a criticar factos.
Beira (Canal de Moçambique) - O jovem escritor e jornalista Noé Nhantumbo, do «Canal de Moçambique» e do Semanário ZAMBEZE na Beira, lançou no último fim de semana (17 de Abril de 2008) o seu mais recente livro intitulado «África, Moçambique sem coerência não há boa governação». Trata-se de segunda obra depois de o ano passado ter-se estreado com o lançamento da obra «Renascença Africana». Pela utilidade e renovada abordagem, o livro apaixonou o interesse das lideranças politicas intelectuais, a nata da elite do Chiveve, estudantes e curiosos que se fizeram ao local. Inspirado pelo modus vivendi de Moçambique, em particular e de África em geral, a obra passeia todo um discurso pelo desenvolvimento e, acima de tudo, sobre o que há a fazer, nega a apologia segundo a qual não há escolas, hospitais, entre outras infra-estruturas, porque não há recursos ou no mínimo são escassos para aplicar no desenvolvimento por todos almejado. A obra nas suas linhas revela que não se consegue mostrar o senso de austeridade. Por outro lado, ainda sobre o desenvolvimento, o autor defende a tese de que se as pessoas vivem mal não é porque não há desenvolvimento, mas por ausência de aplicação dos planos. Falando em exclusivo ao «Canal de Moçambique/ZAMBEZE» Noé Nhantumbo afiança que o livro é um convite às pessoas que têm informação (políticos, académicos) para opinarem sobre o que se passa no país e sobre o desenvolvimento. Nhantumbo considerou que o desenvolvimento está mutilado, segundo afirmou, porque as pessoas pensam com a barriga, temendo que "se disserem algo serão penalizados e em consequência disso, perdem o pão e a posição que ocupam". Disse a dado passo que "temos que dar algo a esta sociedade ". Considerando não estar a inventar nada, Nhantumbo assumiu que se a obra, no mínimo, provocar debate entre as diferentes camadas da sociedade, se daria por satisfeito. Noé Nhantumbo, moçambicano, reside na Beira e é engenheiro técnico agrário de profissão. Actualmente trabalha como jornalista. É um dos sócios da IMPREL, Lda. O seu livro «Renascença Africana, Um Sonho ou Realidade» foi publicado em Abril de 2007 em Maputo.
(Macaneta Torres)
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