A partir de hoje passaremos a publicar textos do nosso correspondente em Nampula, Aunicio da Silva, com novidades frescas daquela parcela do pais: iniciamos esta colaboracao, com uma serie de artigos sobre as comunidades mineiras, com vista a chamarmos a atencao da realidade por que as nossas comunidades passam, bem como despertar a opiniao publica nacional sobre a urgencia da revisao da Lei que regula a actividade mineira no pais.
No passado, usando outros meios a nossa disposicao, chamamos a atencao a quem de direito sobre a exploracao desenfreada da madeira no pais, por cidadaos de nacionalidade Chinesa e nao so, nas provincias de Cabo delgado, Nampula, Zambezia, Sofala.
De acordo com o nosso correspondente, a iniciativa da abertura do debate para a revisão da Lei dos Recursos Minerais, começa a ganhar apologismo no seio das comunidades nas zonas de exploração mineira, a nível da província nortenha de Nampula. As mesmas comunidades, enaltecem a iniciativa da Associação para o Desenvolvimento da Comunidade Rural, patrona da ideia, afirmando que "só agora é que estamos a despertar do abismo em que nos havíamos metidos, por falta de noção do que as nossas leis tem dito na maioria dos casos, sobretudo em casos de implantação de mega-projectos".
Para Alberto Simões, "o facto de chegar um outsider e nos ter despertado a atenção, não é suficiente, pelo que temos que nos unir para vencermos esta batalha, apoiando-se de quem connosco se preocupa" – disse. De acordo com a fonte, "o que mais nos encoraja, são os sucessos que foram alcançados na primeira batalha idêntica a esta, a dos recursos florestais, liderada pelo senhor Mutoua– sublinhou.
Num outro passo, o nosso entrevistado, adiantou que, segundo as expectativas que reinam no seio das comunidades locais, "dentro de dois anos a situação deve mudar, sobretudo no que se refere a lei dos recursos minerais", pois "os benefícios serão para todos nós, sobretudo os nossos filhos" – disse.
A nossa fonte, mostrou-se agastada com a situação actual reinante naquela actividade, onde para ele, "nós as comunidades não somos vistos como nada pelo governo. Somos tratados como 'irracionais', porque ocupam as nossas terras, desaloja-nos sem no mínimo em nada nos consultarem" – concluiu.
1 hour ago
1 comment:
Caro Araújo,
Estou convencido que o interesse que tens pelo nosso País é grande, sei que tanta é a luta de trazeres a verdade e o sentimento daqueles que não têm voz, mas quero que entendas que o caso de Moma é ainda actualidade.
Agora as comunidades querem os Deputados da Assembleia da República para junto deles exprimirem o seu sentimento em relação a Kenmaré.
Acham que o contrato feito entre a Empresa e o Governo foi um fiasco, porque eles não foram envolvidos e não têm esperanças do que virá para o seu beneficio e do distrito.
Então queremos que continue a investigar esta inquietação das familias Momenses
António Mutoua
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