Thursday, 21 February 2008

Estaremos a seguir as regras minimas para a destruicao de engenhos explosivos?







O Noticias de hoje, Sexta Feira, informa-nos que explosoes no paiol de Mahlazine assustam populacao circumvizinha. Que saiba, Mocambique e signatorio de varias convencoes (SADC, Bamako, UN) que regulam o uso, transporte e destruicao de engenhos explosivos. Desde a explosao do paiol de Mahlazine que varios accoes tem sido levadas a cabo por unidades das FADM, com vista a livrar-nos deste mal herdado dos nos do conflito armado. ate aqui tudo bm e ate saudamos o esforco das nossas gloriosas forcas armadas. O que nos preocupa nao e o fim mas o meio ou seja a forma como tais accoes sao levadas a cabo. Parece mesmo a olho nu, que tais accoes muitas vezes nao seguem as regras mais elementares emanadas das convencoes de que somos parte, tendo ate originado a morte em Boane de militares nossos e da Africa do Sul. Isto levante duas questoes: a primeira e porque e que assinamos tais convencoes se nao tinhamos intencao de cumprir?; a segunda e se assinamos porque e que nao cumprimos com o preceituado nas convencoes. Sera que nos esquecemos que os acordos sao para serem cumpridos?


Exemplos sao varios, desde o transporte de engenhos em ferry boats com passageiros, o ransporte de engenhos em camioes que passam por vias publicas, bombas de combustiveis etc etc.
No caso vertente nao poderiam as FADM ter informado a populacao que decorreriam explosoes controladas para minimizar o susto?

Sera assim tao dificil cumprir tais regras? depois dirao que nao avisamos!


Um abraco patriotico, MA



Paiol de Mahlazine : Destruição de engenhos assusta população local


O paiol de Malhazine, nos arredores da cidade de Maputo, é, neste momento, palco da detonação de material bélico, que por razões de segurança não foi transportado para o distrito da Moamba, onde destruiu-se grande parte dos engenhos explosivos recolhidos após o incidentes de 22 de Março do ano passado.

A destruição, que se realiza numa área julgada segura, no interior do paiol, realiza-se, diariamente, entre as 11.00 e 14.00 horas, segundo apurou a nossa Reportagem junto dos residentes dos bairros circunvizinhos daquela unidade das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Nesse sentido, os moradores de Mahlazine, “Matendene”, Zimpeto, “CMC” e Mahotas estão, paulatinamente, aprendendo a conviver com os estrondos gerados pela detonação dos engenhos militares, mas ainda mostram-se assustados com as explosões.
Recorde-se que num incidente registado em Março de 2007, morreram mais de 100 pessoas, cerca de outras 500 ficaram feridas, para além da destruição de inúmeras infra-estruturas sociais.
Rosa Fernando, residente no quarteirão do Zimpeto, disse ao “Notícias” que no início, o fenómeno era lhe assustador, mas com o tempo está se a acostumar em, diariamente, ouvir estrondos idênticos aos de Março do ano passado.
A fonte acrescentou que ela e os restantes membros da zona não receberam nenhum aviso sobre as explosões, tanto que em meados de Janeiro, altura em que começaram a ouvir os estrondos, todos questionaram-se sobre a sua origem.
Celina Valente, outra residente do Zimpeto, mostrou-se assustada pelas explosões, sublinhando que receia voltar a assistir algo semelhante ao registado no ano passado, cujas feridas permanecem activas em muitos cidadãos de Maputo e Matola.
Entretanto, o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional (MDN), Joaquim Mataruca, explicou à nossa Reportagem que, na verdade, se está a destruir os dispositivos responsáveis pela detonação dos obuses, designados espoletas.
“Trata-se de material muito sensível aos movimentos, pelo que notamos ser muito arriscado transportá-lo para Moamba, onde destruímos os engenhos obsoletos”, disse Mataruca, acrescentando que “a melhor opção foi fazer as detonações numa área segura dentro do próprio paiol de Mahlazine”.
Joaquim Maturuca que foi abordado ontem, garantiu que o processo de destruição de espoletas decorre sob fortes medidas de segurança, pelo que não há razão de alarme no seio da população.
Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa, o processo arrancou a 17 de Janeiro e o seu término está marcado para o próximo dia 5 de Março.
Escusando-se a precisar o volume do material em destruição, Joaquim Mataruca apenas disse que “são grandes quantidades de espoletas que foram sendo armazenadas nos últimos anos”.

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