Thursday 7 February 2008

Sera que o Estado da Nacao e mesmo BOM?

Ha dois meses, o Chefe do Estado, disse na Casa do Povo, de que o Estado da nacao era BOM!. O Presidente do Banco Mundial, veio a Maputo, dizer para quem o quis ouvir, que Mocambique era mais do que bom aluno! A populacao da Cidade de Maputo deu o seu veridito: nem o Chefe de Estado, nem o presidente de Banco Mundial sabiam do que estava a dizer. Afinal de contas Maria Moreno tinha razao: Afinal de contas o Estado da Nacao nao era assim tao bom! Alias o Estado da Nacao e MAU!

Senaovejamos:


Na cidade e arredores de Maputo População revolta-se contra aumento de preços de transportes * Anunciado recuo nos preços ao fim da noite de ontem
* Governo agradece recuo de preços anunciado pelos transportadores
* Rogério Manuel da FEMATRO dá 3 dias ao Governo para se negociar uma solução


Maputo (Canal de Moçambique)– A cidade de Maputo e arredores estiveram durante o dia ontem sem transportes devido ao facto da população ter-se revoltado em protesto contra o aumento, ontem, das tarifas anunciadas pelos transportadores de passageiros
vulgarmente conhecidos por «Chapa 100». Foram levantadas barricadas e incendiados pneus em vários pontos da cidade.
Todos os acessos à cidade estiveram bloqueados e tal facto paralisou totalmente a vida na capital moçambicana. Vários voos nacionais e internacionais foram cancelados. As escolas foram encerradas e várias empresas fecharam ou nem sequer
conseguiram abrir. Houve também viaturas incendiadas, vários feridos e mesmo até uma morte confirmada. A polícia não usou a força mas usou balas de borracha e gás lacrimogéneo. A sede, na Av. de Angola, do Comité da Cidade do Partido Frelimo, no poder, chegou mesmo a ser atingida com fogo posto pelos populares indignados com a
política imposta ao sector de transportes rodoviários de passageiros pelo do
governo.
Cerca das 23 horas foi anunciado que as tarifas que haviam sido aumentadas para vigorarem a partir da manhã de ontem deixassem imediatamente de vigorar para voltarem a vigorar as anteriores.
Ao princípio da manhã de hoje, no entanto, ainda não havia chapas em circulação, sinal de que a decisão do presidente da FEMATRO poderia vir a não ser acatada pelos operadores de transportes de passageiros, vulgo “chapas”.
O anúncio da regressão provisória na tabela tarifária para os anteriores preços
foi feito cerca das 22h30 de ontem, por Rogério Manuel, presidente da Federação
dos Transportares de passageiros (FEMATRO), na presença do ministro dos Transportes e Comunicações, António Mungambe, e do Presidente da CTA, confederação das associações empresarias do País, Salimo Abdul.
“O momento é excepcional, a decisão é excepcional”, disse Rogério Manuel presidente da FEMATRO na conferência de imprensa que teve lugar no gabinete da Primeira-ministra, na baixa da capital moçambicana.
“Temos de encontrar outras soluções que não prejudiquem, nem os transportadores, nem o governo, nem os transportados”, frisou o presidente da FEMATRO.
Interrogado por que razão os transportadores estavam a recuar nas tarifas que foram ontem introduzidas e acabaram por gerar a fúria da população, Rogério Manuel disse claramente: “esta solução foi imposta pelo vandalismo na cidade”.
Mas a solução ontem encontrada ao fim da noite não é certamente a solução definitiva. “Aguentámos três anos (sem aumentos), desde 2005, podemos
aguentar mais dois dias”, afirmou Rogério Manuel para acrescentar que “foi
prometido pelo Governo que em 3 dias, no máximo, teremos uma solução”.
O ministro dos Transportes António Munguambe agradeceu o recuo dos transportadores mas não anunciou soluções definitivas pelo que é provável que os preços voltem a aumentar ou pura e simplesmente os transportadores deixem de operar se não chegarem a um entendimento com o Executivo liderado por Armando Guebuza e Luisa Diogo,
respectivamente Presidente da República e Primeira-Ministra.
A Oposição Falando ontem aos meios de comunicação social Fernando Mazanga da
Renamo disse que “o governo deveria ajustar o custo de vida ao bolso do pacato
cidadão porque na verdade são eles que sofrem mais”.
“Os privados aproveitam com estes aumentos para enterrar mais o pacato
cidadão”, observou de seguida Mazanga falando em nome de Afonso Dhlakama que
se encontrava na altura de visita ao Vale do Zambeze onde as populações continuam a
sofrer as consequências das cheias provocadas pelas descargas de Cahora
Bassa e fortes chuvadas que se têm feito sentir na região.
Vida asfixiada “Com estes aumentos nada se vai resolver. A vida do pacato cidadão vai ficar cada vez mais asfixiada”, diz Mazanga.
Segundo o porta-voz do presidente da Renamo “o povo está saturado com os
constantes aumentos” de preços.
Questionado pelo «Canal de Moçambique» sobre a situação de instabilidade na cidade e arredores de Maputo devido o aumento dos “Chapas 100”,
Fernando Mazanga disse que “apesar da onda de vandalismo na cidade e arredores
de Maputo devido o aumento dos chapas cem a «PRM – Polícia da República de Moçambique» não deveria usar armas para dispersar a população”. “Com as armas
podemos assistir a mortes e sangue derramado”.
Fernando Mazanga afirma ainda que “o governo da Frelimo não procura soluções
alternativas para estabilizar a vida do povo moçambicano. A única preocupação reside
em mostrar números inflacionados para advogar o crescimento económico que não
se reflete na vida do cidadão comum”.
O porta-voz da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, afirmou ainda o seguinte: “Reconhecemos que não produzimos petróleo. O petróleo que usamos é importado. É por isso que alguns governos sérios planificam-se e usam essa medida para não prejudicar os seus cidadãos”.
Mazanga diz mais que “os países que criam reservas de petróleo tem condições
para controlar sem sobressaltos a subida e descida dos preços dos combustíveis”.
Fernando Mazanga nas suas críticas ao Governo disse ainda que “os dois
produtos que permitem a sobrevivência dos pobres subiram neste caso concreto
o pão e os chapas.
O preço do pão e dos chapas subiu ao mesmo tempo”. “O pão é alimento base das
populações de poucas posses como também o chapa serve como meio de transporte para os mesmos”, disse o orador da Renamo.
Por outro lado Fernando Mazanga deixou claro que “o Estado não assegura transportes públicos para dar vazão aos utentes daí que se abriu espaço para os privados colmatar a lacuna de transporte deixada pelo governo”.
Os “Chapas 100” passaram ontem a custar 7.5,00MT para uma distância de 5 quilómetros contra os anteriores 5,00MT, e 10,00MT para 9 quilómetros contra os 7,50MT.
Com a decisão anunciada ao fim da noite tudo voltou à primeira forma, isto é
5,00 MT para distâncias até 5 quilómetros e 7,50 MT por cada 9 quilómetros
subsequentes. (Redacção com Conceição Vitorino)

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