Thursday, 31 January 2008

Pátria Amada recorda melhores filhos

A “PÁTRIA Amada” vai curvar-se esta semana em saudação ao 3 de Fevereiro – Dia dos Heróis Moçambicanos. Os melhores filhos desta pátria, aqueles cujos nomes a História registou e outros anónimos, desde que se tenham distinguido positivamente pelos seus feitos em diferentes esferas da vida política, económica, social e cultural serão evocados em diferentes actos programados para assinalar a efeméride. A data coincide este ano com a passagem do 39º aniversário da morte de Eduardo Chivambo Mondlane, fundador da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e arquitecto da unidade nacional.

Maputo, Quinta-Feira, 31 de Janeiro de 2008:: Notícias
Na memória dos moçambicanos permanecem igualmente indeléveis outros nomes, como Samora Machel, primeiro presidente de Moçambique independente; comandante Filipe Samuel Magaia; guerrilheira Josina Machel; combatente Sebastião Mabote, escritor José Craveirinha; maestro Justino Chemane; Joaquim Chissano, obreiro da paz; Lurdes Mutola, rainha dos 800 metros; entre vários outros. Alguns destes continuam a dar de si em prol da elevação do nome de Moçambique para patamares altos na esfera internacional.

Para recordar a memória destes filhos de Moçambique, os moçambicanos estão a programar cerimónias de deposição de flores em todos os monumentos aos heróis e organizados em diferentes organizações sociais vão enaltecendo os seus feitos. Aliás, enquadrado nestas celebrações, a vila de Malema, distrito do mesmo nome, na província de Nampula, saíu à rua para elevar o general na reserva das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Eduardo da Silva Nihia. É que cedo demais, Nihia, então incorporado nas fileiras do Exército colonial português, compreendeu que a razão da luta estava do lado da Frente de Libertação de Moçambique, desertou e foi juntar-se a outros moçambicanos na Tanzania para lutar contra a ocupação portuguesa. Em sua homenagem os residentes de Malema, sua terra natal, atribuiram o seu nome a uma escola do primeiro e segundo graus, inauguraram uma exposição fotográfica retractando o percurso de Nihia como combatente da luta de libertação nacional e exercendo outras tarefas, como sejam deputado da Assembleia da República pela bancada da Frelimo e hoje conselheiro do Presidente da República e membro do Conselho do Estado.

Numa altura em que os moçambicanos assinalam a passagem de mais um Dia dos Heróis, o seu compromisso é prosseguir com as acções tendentes à melhoria das suas condições de vida.

Os moçambicanos estão agora empenhados na luta contra a pobreza, aliás, uma das grandes apostas do Governo liderado pela Frelimo. Os moçambicanos querem água para todos. Energia para todos. Ensino para todos. Comida para todos. Querem mais estradas e pontes para lhes facilitar a circulação de um ponto para o outro e facilitar a circulação dos seus bens. Querem mais hospitais para erradicar algumas doenças, como a malária, a cólera, a tuberculose e outras. Querem acabar com a dependência externa e construir uma vida melhor.

Hoje, 33 anos após a proclamação da independência nacional, os moçambicanos experimentam uma vida melhor, não obstante o caminho do bem-estar ainda se apresentar sinuoso.

1 comment:

MANUEL DE ARAÚJO said...

Ha alguns anos atras foi instaurada uma Comissao para definir o conceito de heroi no contexto nacional! Salvo erro de memoria, nao me lembro da publicacao dos resultados dos rabalhos de tal comissao! Afinal quem e heroi?

Uma questao a que a academia deveria ajudar a aclarar!