Tuesday, 8 January 2008

CHEIAS: SITUACAO NO CHINDE E CRITICA

Há falta de meios para evacuar os afectados, refere o administrador do distrito, Rosário Jonasse Chinde (Canal de Moçambique)

– A situação do Distrito do Chinde vai ficando mais critica cada dia que passa. De acordo com o administrador daquele distrito, Rosário Jonasse, o caudal do rio
Zambeze está aumentar diariamente e como não há mal sem senão refere ainda que “estamos a encontrar dificuldades para evacuar as pessoas das zonas de risco devido a falta de transporte e mesmo de combustível para os poucos meios
que temos” “A situação está a preocupar. As populações estão a sair”, disse
o administrador ao «Canal de Moçambique». “Estamos a mobilizar as pessoas a sair das zonas de risco para os centros de reassentamento”, disse-nos Jonasse que acrescentou:
“no Distrito do Chinde temos 2.693 famílias o que corresponde a uma média de cerca de 11.930 pessoas em risco”.

Segundo Rosário Jonasse “50% destas pessoas saíram dos centros de reassentamento onde haviam sido instalados nas últimas cheias e voltaram para as zonas de risco”.
O retorno às origens que são tecnicamente consideradas zonas de risco, acontece geralmente porque após as cheias os cidadãos afectados são de novo totalmente abandonados à sua sorte obrigando-se a recorrerem a tudo o que esteja ao seu alcance para enfrentarem de novo as agruras do dia a dia nas margens do Rio Zambeze e seus
afluentes. “Actualmente temos como zonas criticas Luabo, Matilde e Mucandaia”, disse o administrador Jonasse.
O Distrito do Chinde, faz parte da Província da Zambézia. Tem 129.150 habitantes de acordo com o último recenseamento geral da população e habitação. (Conceição Vitorino)

4 comments:

umBhalane said...

Sou natural do Luabo/Chinde, onde nasci na dédada de 50.
Vivi muitas cheias, antes e depois de Kariba.
Digo isto porque se notou diferença no ímpeto das cheias.
O Luabo, povoação, era protegido por um extenso dique - morrumbala, com cerca de 3 a 4 metros de altura, e a largura de uma pequena estrada.
Podiam circular carros em cima dela, mas era proibido para não fragilizar a estrutura.
Quando as cheias eram muito fortes, a morrumbala muitas vezes cedia.
Aí começava a luta contra as águas e contra o tempo, que cada vez era menor.
Calculo o desespero das pessoas afectadas que tudo perdem dos seus parcos haveres.
A todos esses meus conterrâneos, nestas horas e dias difíceis, um grande abraço de solidariedade e amizade.

umBhalane said...

Sou natural do Luabo/Chinde, onde nasci na dédada de 50.
Vivi muitas cheias, antes e depois de Kariba.
Digo isto porque se notou diferença no ímpeto das cheias.
O Luabo, povoação, era protegido por um extenso dique - morrumbala, com cerca de 3 a 4 metros de altura, e a largura de uma pequena estrada.
Podiam circular carros em cima dela, mas era proibido para não fragilizar a estrutura.
Quando as cheias eram muito fortes, a morrumbala muitas vezes cedia.
Aí começava a luta contra as águas e contra o tempo, que cada vez era menor.
Calculo o desespero das pessoas afectadas que tudo perdem dos seus parcos haveres.
A todos esses meus conterrâneos, nestas horas e dias difíceis, um grande abraço de solidariedade e amizade.

umBhalane said...

Sou natural do Luabo/Chinde, onde nasci na dédada de 50.
Vivi muitas cheias, antes e depois de Kariba.
Digo isto porque se notou diferença no ímpeto das cheias.
O Luabo, povoação, era protegido por um extenso dique - morrumbala, com cerca de 3 a 4 metros de altura, e a largura de uma pequena estrada.
Podiam circular carros em cima dela, mas era proibido para não fragilizar a estrutura.
Quando as cheias eram muito fortes, a morrumbala muitas vezes cedia.
Aí começava a luta contra as águas e contra o tempo, que cada vez era menor.
Calculo o desespero das pessoas afectadas que tudo perdem dos seus parcos haveres.
A todos esses meus conterrâneos, nestas horas e dias difíceis, um grande abraço de solidariedade e amizade.

Anonymous said...

frequentei a escola primária do chinde nos anos 1956/1957. Meu pai era mestre dos vapores da Sena Sugar e chamava-se Antonio Russo. Há alguém desse tempo? Aguardo pela resposta.