Chimoio (Canal de Moçambique) – Mais de 300 militares foram destacados sábado último para apoiar nas operações de busca e salvamento em algumas zonas da região centro afectadas pelas actuais inundações que ocorrem naqueles locais desde Dezembro do ano passado. O general Tobias Dai, ministro da Defesa, falando ao «Canal de Moçambique» confirmou o envolvimento
de militares nas operações. “Vamos trabalhar com um efectivo de 300 militares a serem afectos em Mabone, Machanga, Caia, Manica e Dombe de modo a auxiliarem as populações tanto na travessia dos rios como também evacuá-las para os centros de reassentamento”.
“Para Tete e Zambézia também teremos que mobilizar efectivos para as áreas afectadas pelas inundações”, assegurou Dai.
De acordo com o ministro da Defesa, actualmente o maior constrangimento nas operações de
salvamento “é o facto de existirem pessoas que não querem deixar as suas casas apesar de estarem inundadas porque temem perder os seus bens assim como animais”.
Ainda segundo Tobias Dai “outro Calcanhar de Aquiles tem acontecido para retirar os pescadores porque não querem largar a sua actividade como também outras pessoas que ainda não acreditam no perigo real das inundações”. “Nestes casos visíveis os militares têm que persuadir o mais rápido possível as pessoas a abandonar tanto as casas como a pesca no sentido de colocá-las em locais seguros. Temos que trabalhar e cooperar de forma que não hajam perca de vidas humanas”, afirmou Tobias Dai. O general repisaria ainda que “os efectivos militares que operam no terreno
estão preparados no sentido de retirar as pessoas para locais seguros”.
Régulos versus retirada
para zonas seguras
Por outro lado quando questionado pelo «Canal de Moçambique» sobre as causas que inibem o Governo de retirar em definitivo as populações das zonas de risco uma vez que anualmente o cenário de cheias repete-se, Tobias Dai disse que “existem aspectos de natureza sociológica que fazem com que as populações não deixem as suas zonas de origem mesmo que estejam em
locais propensos a calamidades”.
“Na Província da Zambézia, distrito de Mopeia, mais concretamente na localidade de Cocorico as inundações repetem-se anualmente e as populações nunca deixam de regressar às casas
porque são ordenadas pelo régulo a voltar a proveniência”.
“Em Manica, concretamente em Dombe está acontecer o mesmo fenómeno. Os régulos estão a insinuar as populações para não abandonar as casas mesmo com inundações”, revelou o titular
da Defesa Nacional.
Evacuar populações
custa dinheiro
Tobias Dai disse que “retirar anualmente as populações para locais seguros acarreta custos para o governo mas temos que realizar este tipo de operação como forma de salvar vidas humanas”.
“O governo anualmente tem plano de contingência para prever casos de calamidades e quando o mesmo transcende essas consequências existem os apelos internacionais para preservar a vida do
cidadão, mas tudo isso custa muito dinheiro que poderia ser aplicado noutras
áreas”, explicou Dai.
Will second Trump White House be chaos or controlled?
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The world is waiting to see if Trump 2.0 will be a more disciplined and
effective version of its previous, chaotic, incarnation.
54 minutes ago
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