Saturday 12 January 2008

Em Angola e Mocambique: jovens corajosos precisam-se!

Nas mãos e na coragem dos jovens

TORTO & DIREITO

Por Jorge Eurico

O futuro próximo (pessoalmente já tenho saudades pessoanas deste tempo que está aí a dobrar esquina) será impiedoso, implacável mesmo, para os jovens que, gozando do privilégio excepcional de poder dizer palavras de verdade sobre o actual estado de espírito do País e do Povo aos seus opressores e dominadores, se acantonam numa atitude de quietude, de indiferença muda, fria e, não poucas vezes, de sinistra e vergonhosa cumplicidade.

Jovens (em Moçambique, Angola ou ainda na diáspora), lembrem-se que quem não vive para servir também não serve para viver!
Os jovens, muitos deles supostamente universitários, que se acantonam numa atitude de quietude são - digo eu por minha conta e risco - nada mais nada menos que desprezíveis espantalhos da FRELIMO e do MPLA (partidos que (de) mandam em Moçambique e em Angola, respectivamente) que, a contragosto da maioria dos moçambicanos e dos angolanos, vão ganhar as próximas eleições.

Jovens (em Moçambique, Angola ou ainda na diáspora), é imperioso que nos batamos pela democracia e pelo respeito dos nossos Direitos Cívico-Políticos!
Os desprezíveis fantoches da FRELIMO e do MPLA - ao acantonarem-se numa atitude de quietude, de muda indiferença e (algumas vezes) de fria cumplicidade - subscrevem de forma implícita a política de exclusão praticada em Moçambique e em Angola, facto que esteve na base da guerra fratricida (Lopo do Nascimento que o desminta, Raúl Domingos que se levante e diga o inverso) que esventrou o tecido social e económico de Moçambique e de Angola,respectivamente.
Jovens(em Moçambique, Angola ou ainda na diáspora), porque o comodismo é a esterilidade da criação, urge reagir. Viva a reacção (alguém disse por aí que a reacção que não passará?)!

Quando os jovens esquecem-se (como se sofressem de amnésia) da discriminação, da miséria franciscana do Povo, da exploração desavergonhada dos recursos de Moçambique e de Angola, chegam ao ponto de se
absterem de participar na vida pública do País, isto é o mesmo que incitar à desgraça do seu próximo, dando guita à FRELIMO e ao MPLA que - por isso,só por isso e nada mais do que isso - esfregam as mãos de contentamento.
Jovens (em Moçambique, Angola ou ainda na diáspora), não fiquem com o rabinho entre as pernas!

Os jovens, que sentem no corpo e na alma a exclusão promovida pela FRELIMO e pelo MPLA, estão convidados a participarem na abolição da política de discriminação que já dura três décadas. A História da luta dos homens pela dignidade põe aos moçambicanos e aos angolanos problemas bem definidos e há muito
claramente identificados!
Jovens (em Moçambique, Angola ou ainda na diáspora), é chegada a hora de marcharmos juntos!

É chegada, pois, a hora da tomada de cosciência e da mudança. Em Maputo ou em Luanda mude-se o que tem que ser mudado; ou seja Mutatis Mutandis! in O Observador

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