O ANC, partido no poder na África do Sul, reagiu ontem às críticas feitas pelo analista político, empresário e irmão do ex-presidente Thabo Mbeki, chamando-lhe “desrespeitador e “dissimulado”, segundo noticiou a agência Lusa.
Maputo, Quinta-Feira, 28 de Julho de 2011:: Notícias
Numa palestra na segunda-feira no Pen Club da Cidade do Cabo, Moeletsi Mbeki criticou o Chefe do Estado, Jacob Zuma, e o líder da Juventude do partido, Julius Malema, classificando-os como “a brigada das danças e cantares que tomou conta do partido”, e salientou a total ausência de líderes com visão e sólidos valores morais na actual estrutura dirigente do Congresso Nacional Africano (ANC).
Moeletsi Mbeki, que é um dos filhos do falecido Govan Mbeki, que foi um destacado dirigente do ANC e prisioneiro político do regime do “apartheid”, entre 1964 e 1987, disse ainda na mesma palestra que o futuro da África do Sul já não conta com o ANC, nomeadamente pela falta de estatura dos seus actuais líderes e pela falta de vontade do Presidente da República em acabar com a corrupção.
As críticas de Moeletsi Mbeki são “infundadas, mal informadas, e uma manifestação de desespero na forma de reduzir a lixo o ANC, o seu presidente e o Governo”, disse à Lusa o porta-voz do partido, Jackson Mthembu, ontem à tarde em Joanesburgo.
“Para os sul-africanos lógicos e patriotas, a vitória por 64 porcento dos votos do ANC nas últimas eleições autárquicas, que se traduziram no controlo pelo partido de 71 porcento de todos os municípios, é mais uma indicação de que o ANC se mantém como o futuro da África do Sul e a única organização capaz de remediar os desequilíbrios do passado, coisa que só Moeletsi não vê”, refere Mthembu em comunicado.
O analista e empresário não poupou críticas ao partido no poder, afirmando que ele não possui capacidade para modernizar a economia e conduzi-la a um porto seguro em tempos de crise, comparando-o a “outros movimentos de libertação que chegaram ao poder e que se tornaram corruptos e incompetentes”.
“Tendo as suas raízes políticas no ANC, Moeletsi preferiu lamentavelmente não apenas trair os nobres princípios e crenças do seu pai e ícone da luta, Govan Mbeki, como decidiu ainda embarcar no papel de voz da oposição, em vez de dar uma contribuição no seio das estruturas do ANC e do Governo para a construção de um futuro melhor para todos os sul-africanos”, conclui o comunicado do Congresso Nacional Africano.
Syria's minorities seek security as country charts new future
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After the fall of Assad, many are apprehensive about how Syria will next be
ruled.
5 hours ago
1 comment:
Eu próprio disse ao amigo José (que comenta no site do meu amigo Reflectindo) que a situação na África do Sul ainda não era estável. Está muito longe de o ser.
Mandela apenas apaziguou o problema, eu costumo dizer que Mandela mais do que um bom governante foi Pilatos para uma realidade tão grave que não cabe aqui classificar.
O problema da RAS não difere muito do Zimbábue, do Malawi, do Brasil e até mesmo de Moçambique, mas apimentado com outro sabor. A questão de fundo é: A QUEM BENEFICIOU A INDEPENDÊNCIA DESTES PAÍSES? AO POVO OU À CLASSE POLÍTICA?
Nem sempre, diz-me o poeta anónimo que prefiro não citar o nome, aquele que corre atrás do búfalo é que come carne. E mais: "quem vai a caça é sempre o cão, mas quem come carne é o gato"! Thazz
Não sou vidente, mas acredito que a situação na RAS, mormente à situação das assimetrias regionais, desemprego, criminalidade, capitalismo leónico, estrangulamento da cidadania (um problema muitas vezes levantado pelo amigo Reflectindo), etc., levará a estes países a enfrentar situações de instabilidade política, financeira, económica, paz, etc.
Este 'mfana' de Mbeki não mente quando diz, e bem, que as políticas do ANC são nulas e infecciosas. O tempo dirá...
Zicomo
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