-Aires Ali, Luísa Diogo e Tomás Salomão entre os cogitados para PM
À medida que se intensificam os preparativos tendo em vista a realização do décimo congresso da Frelimo, marcado para Junho do próximo ano na província de Cabo Delgado, começam as movimentações dos membros deste partido para influenciar os resultados do congresso e melhor se posicionarem para a sucessão de Armando Guebuza na Presidência da República. Guebuza termina o seu segundo e último mandato como Chefe de Estado em 2014, e o partido terá que encontrar uma figura de consenso para o substituir naquele cargo. O congresso será, em princípio, a plataforma ideal para o desencadeamento desse processo. No centro das movimentações pela sucessão surge nome de Alberto Joaquim Chipande como a figura de consenso para candidato do partido às eleições presidenciais de 2014.
A provável candidatura de Chipande estará, também em parte relacionada com a iniciativa da Frelimo de introduzir algumas emendas à Constituição, num cenário em que se pretenderá reduzir substancialmente os poderes executivos do Presidente da República, os quais poderão vir a ser partilhados com um Primeiro-Ministro executivo, representando o partido com a maioria parlamentar, que a Frelimo acredita estar ao seu alcance.
O plano é de ter um Presidente da República que, sendo Chefe de Estado, se situa acima de interesses político-partidários, com um Primeiro-Ministro que é, efectivamente, o chefe do governo com competência para indicar figuras para o governo e responder directamente perante o parlamento.
O Chefe de Estado continuará a ser o Comandante-em-Chefe das forças de defesa e segurança, mas ao mesmo tempo partilhando com o Primeiro-Ministro as responsabilidades de condução da política externa.
Grupo do sul
Há um forte sentimento no seio da Frelimo de que o partido e o Estado estão a ser dominados por indivíduos do sul, e que 2014 deveria marcar o fim dessa hegemonia, com a candidatura de um indivíduo do centro ou do norte.
Inicialmente, falava-se de Eduardo Mulembwe. Mulembwe é oriundo da província do Niassa. Tendo atingido o segundo posto mais importante da hierarquia do Estado, como Presidente da Assembleia da República, não tinha, logicamente, qualquer outra ambição do que vir a assumir a Chefia do Estado. Mas os recentes escândalos resultantes da sua recusa em abandonar a residência que habitava na qualidade de legislador-chefe, e ainda as revelações recentes de se terem gasto milhões de Meticais do orçamento do parlamento para mobilar a sua residência, colocaram uma dentada quase irreparável no seu prestígio. Uma outra opção, aparentemente apoiada pelo actual Presidente, seria o Primeiro-Ministro, Aires Ali, que também é oriundo da província do Niassa. Mas este plano foi imediatamente posto em causa, sendo entendido pela ala da Frelimo que se opõe a Guebuza como uma forma deste continuar a mexer nos cordelinhos do poder à distância.
Mesmo assim, Aires Ali continua a ser considerado como um candidato sério a Primeiro-Ministro no novo figurino constitucional, em parceria com a antiga Primeira-Ministra Luísa Diogo, e o actual Secretário Executivo da SADC, Tomás Salomão.
A ideia de reduzir os poderes do Presidente da República, e de introduzir a figura de um Primeiro-Ministro executivo não é nova. Recentemente, o Instituto de Apoio e Governação (GDI), uma organização da sociedade civil, defendeu um sistema semi-presidencialista, entendido como o único que pode permitir uma divisão efectiva dos poderes do Estado.
O surgimento da candidatura de Chipande, actualmente com 72 anos, parece ter sido a solução de compromisso encontrada para evitar maiores tensões dentro da Frelimo, onde é cada vez mais notório o declínio do carisma com que o actual Presidente iniciou o seu mandato em 2005.
A ala de Chipande terá imposto a sua supremacia perante aqueles que entendiam que Guebuza devia ser o último Presidente da geração do 25 de Setembro. E com o seu afastamento da política partidária activa, por imperativos do novo regime constitucional, abrir-se-á a possibilidade de uma efectiva partilha do poder, reduzindo-se substancialmente a actual intromissão excessiva da Frelimo nas actividades do Estado.
Com um Chefe de Estado da geração do 25 de Setembro e um Primeiro-Ministro com poderes efectivos e sem o historial da luta armada, marcar-se-á o início de um processo de transição que culminará com a entrega efectiva do poder à geração do pós-25 de Setembro.
O governo do presidente Armando Guebuza, meses, anos depois de ter havido quem não se cansasse de avisar que as suas políticas anunciadas iriam levar-nos para o abismo fatal, não quis ouvir ninguém. Como sempre foi, insistiu em continuar autista! Como sempre foi, insistiu na sua habitual arrogância. Agora apareceu-nos, a semana passada, a surpreender com mais um pacote de medidas do Conselho de Ministros que coube ao ministro do Planeamento e Desenvolvimento anunciar e justificar ainda que com a boca cheia de incertezas e imprecisões, próprio de quem já não sabe o que fazer.
Mais uma vez se verifica que temos um governo que anda todos os dias a surpreender-se a ele próprio com a realidade, denotando com isso que não só anda ao contrário dos ponteiros do relógio e do calendário, como ainda não percebeu que governar é prever com grande antecipação aquilo que pode vir a acontecer, e tomar com a imperiosa antecedência medidas que embora não se venham a revelar totalmente eficientes, pelo menos não se comprovem totalmente absurdas, como tem estado, infelizmente a suceder.
Ao ponto a que as coisas chegaram fica provado que o Governo não tem governado. Os seus membros andam constantemente distraídos com os seus próprios negócios e a ver que proveito podem tirar dos cargos. Depois é isto que se vê. Até a Procuradoria Geral da República faz de conta.
Guebuza continua a acompanhar o dia dos trabalhadores pela televisão
Governo com medo do 1º de Maio
Mais um 1º de Maio passou; mais uma vez os trabalhadores moçambicanos saíram à rua na capital do País para protestar contra as más condições de trabalho, baixos salários e mais uma vez o chefe de Estado e do Governo moçambicano, Armando Guebuza, preferiu ver as manifestações dos trabalhadores pela televisão. Desde que chegou ao poder em 2005, o presidente do Partido Frelimo e da República, Armando Guebuza adoptou o que chama “uma governação inclusiva” que privilegia “o contacto directo com o Povo”, cuja maior expressão são as pomposas “presidências abertas” mas quando se trata da celebração do Dia do Trabalhador Guebuza prefere ficar em casa a ver e ouvir as manifestações e mensagens dos proletários pela televisão.
Guebuza que já foi membro do Bureau Político do seu partido quando este se afirmava marxista-leninista e dizia que lutava contra a exploração do homem pelo homem apregoando que “a nossa Pátria será túmulo do capitalismo e exploração” dirige presentemente um partido que tendo sido até hoje tudo o que já foi de conveniência ser para se manter no poder, agora opta por estar ausente quando se trata da
Littler wins Grand Slam to go fifth in world rankings
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Teenager Luke Littler continues his sensational maiden professional year by
winning the Grand Slam of Darts with a 16-3 trashing of qualifier Martin
Lukeman.
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