Sunday 15 May 2011

LAM volta a normalidade? Ou seja as incoerencias do nosso Conselho de Ministros

Viajei de Quelimane a Maputo na ultima Quinta Feira na companhia do Prof. Dr. Joao Mosca, que se deslocava a Cidade de Quelimane, para proferir uma palestra subordinada ao tema " Politicas agrarias em Mocambique e seu Impacto na Provincia da Zambezia. Uma palestra que teve o Salao Nobre do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane superlotada! A palestra teve o Dr. Jorge Tinga como comentador e por mim moderada. Obrigado Prof. Mosca e obrigado municipes da Cidade de Quelimane pelo calor e contribuicao.

No aviao estavam ilustres figuras tais como o Ministro de Planificacao e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, o do Comercio e Industria, Armando Inroga, o do Cultura, Armando Artur.

Na viagem registei dois insolitos. O primeiro foi o facto de o aviao ter partido a hora marcada! O segundo foi ter visto tres ministros do mesmo governo em posicoes diametralmente opostos no que se refere ao uso de fundos publicos. Explico-me:

Ha ja mais de um ano, o nosso governo lancou um apelo a contencao de custos. E a bem pouco tempo veio reafirma-lo. Porque nao basta a esposa do rei ser fiel mas tambem deve parece-lo, achamos nos que quem sugere contencao deve tambem viver na contencao, pois nao vale dizer 'faca o que digo e nao o que faco'!

No aludido voo, os meus amigos, nomeadamente os Doutos Ministros da Industria e Comercio e o da Cultura estavam na Classe Executiva enquanto o da Planificacao e Desenvolvimento na Classe Economica! Digo insolito porque que havia quem sabe erradamente 'assumido' que havia alguma coerencia nao so nos actos dos membros do Conselho de Ministro, como nas suas actuacoes. Custa-me compreender como e que ministros do mesmo governo, viajando no mesmo aviao, e dirigindo-se ao mesmo destino e para a mesma funcao tenham posturas diferentes em relacao ao erario publico! Sera que oa Gabinetes dos Ministros nao se comunicam?


Dizia eu que havia assumido 'erradamente' que havia hierarquia no nosso Conselho de Ministros, onde o da Planificacao e Desenvolvimento era 'hierarquicamente mais velho' em relacao aos dois, dai que como mandam as regras protocolares ... ou de precedencia...!

Mas para evitar o embaraco que ja alimentava as fofocas no aviao, a hospedeira fez questao de convidar o so ministro para a Executiva!

Desta cena algumas perguntas surgem: havera alguma politica ou postura sobre viagens ministeriais ou cada um decide como pode?

Sera que Cuereneia estava a cumprir o ditado segundo o qual nao basta a esposa do rei ser fiel mas tem que tambem parecer e assim sendo, tendo ordenado contencao de despesas, tera ele mandado comprar um bilhete na economica sem ter coordenado com os outros? ou foi safadeza do chede do DAF que quis 'tramar' o boss?


O que parece coisa pequena, tem implicacoes graves, quando se trata de um governo! um governo deve ser o espelho da coerencia, harmonia e competencia! Nao pode e nem deve piscar a esquerda e virar a direita!

O que temos vindo a observar com enorme preocupacao e o facto de estar cada vez mais claro neste governo o que a mao direita faz, nao e do conhecimento da mao esquerda! Poderiamos citar varios casos, mas para nao cansar ao leitor so vamos dar o ultimo cado: o da cesta basica.

Como e que se explica que um ministro e ainda por cima da Planificacao e Desenvolvimento anuncia uma medida, na ausencia do outro, para uma semana depois, aparecer o 'dono do pelouro' desmenti-lo em sede parlamentar? Como e que um Ministro da Industria e Comercio, pode 'desautorizar' em sede parlamentar um outro ministro, no caso em apreco o da Planificacao! Ou tera sido Cuaraneia quem se precipitiou e quis ganhar pontos correu a anunciar uma medida que ainda estava a ser 'cozinhada' na Industria e Comercio?


Quem sabe se um dia nao esclareceremos estas e outras perguntas num livro de memorias?

E ja agora surpreendeu-me mais uma vez a LAM. Meu irmao que partiu a minutos a Maputo viajou na hora prevista! Parabens LAM! Mas a minha promessa de criar um bllogue contra o monopolio da LAM mante-se!

Um abraco tepido zalaliano!
Fui,

MA

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