Wednesday 18 August 2010

SADC decide manter sanções a Madagáscar

A COMUNIDADE de Desenvolvimento da África Austral (SADC) decidiu ontem, em Windhoek, manter as sanções que recentemente impôs a Madagáscar, por ter constatado que as razões que levaram à sua implementação ainda persistem revelou o Presidente da República, Armando Guebuza, durante a conferência de Imprensa que concedeu aos jornalistas moçambicanos que cobriram a 30ª cimeira dos líderes da África Austral, que terminou ainda ontem na capital da Namíbia.
Maputo, Quarta-Feira, 18 de Agosto de 2010:: Notícias
“As sanções da SADC contra o Madagáscar mantêm-se, porque as novas autoridades daquele país ainda não começaram a cumprir com os objectivos que levaram à sua imposição, nomeadamente o regresso da ordem constitucional”, afirmou o estadista moçambicano, ao responder a uma pergunta colocada pelo “Notícias” sobre o assunto.

Sobre o Zimbabwe, Guebuza disse que os líderes regionais decidiram reforçar acções diplomáticas a favor do país, na perspectiva de lograr o levantamento das sanções internacionais contra aquela nação vizinha, mormente pelo facto de estarem a ocorrer agora “melhorias significativas no cumprimento das razões que forçaram a imposição de sanções.

“Há países que, face aos elementos positivos que ocorrem no Zimbabwe, mostram já alguns sinais de poderem abandonar as sanções que mantêm contra o país” afirmou ainda o Chefe do Estado também em resposta a uma pergunta do “Notícias”.

Na ocasião, o Presidente da República mostrou-se satisfeito pelos resultados obtidos nesta cimeira, anunciando que o relatório por si apresentado, na qualidade de presidente do órgão da SADC para a cooperação nas áreas de Política, Defesa e Segurança, foi aprovado.“Isto significa que aquilo que foi feito pelo órgão da SADC, sob a liderança de Moçambique, foi considerado correcto”, afirmou o dirigente moçambicano, acrescentando: “Realizámos os nossos objectivos”.

Guebuza reconheceu, porém, que apesar destes progressos, nem tudo foi um “mar-de-rosas”, pois persistem bolsas de crispação política no Lesotho, Zimbabwe e Madagáscar, assuntos sob alçada do órgão que lidera na SADC, garantido, todavia, que serão redobrados esforços com vista à sua resolução.

De acordo com o dirigente moçambicano, a cimeira de Windhoek decidiu, por outro lado, convocar uma outra reunião extraordinária da organização, que poderá ocorrer dentro de seis meses, em data e local ainda por designar.

Nesse encontro far-se-á uma radiografia exaustiva sobre as realizações da SADC, nos últimos anos, e definir-se-á uma estratégia clara e objectiva, por forma a adequar a organização regional na linha das reformas que actualmente ocorrem nas instituições internacionais com as quais a SADC lida.

Ainda ontem, pouco antes do encerramento da cimeira, os líderes regionais decidiram atribuir a Medalha Seretse Khama a três cidadãos da região, nomeadamente os antigos presidentes da Zâmbia, Kenneth Kaunda, da Namíbia, Sam Nujoma e o antigo Presidente da extinta Comissão de Libertação da OUA, Ashi Mbita, em reconhecimento público, dos seus feitos no processo da emancipação dos povos da África Austral e na integração económica da região.

David Filipe, na capital namibiana

2 comments:

V.Dias said...

Nao servira para nada. Questao de afunilar os efeitos das sançoes.

Zicomo

Abdul Karim said...

Manuel ?

Sacudimos ?